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Construção civil empurra alta do desemprego

Segundo o IBGE, cerca de 404.000 pessoas perderam o emprego no segmento entre março e maio deste ano

Por Eduardo Gonçalves Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 9 jul 2015, 12h12

O único setor dos onze pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que teve uma redução significativa da força de trabalho no trimestre encerrado em maio foi o da construção civil. De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, cerca de 404.000 pessoas perderam o emprego no segmento em relação aos três meses anteriores. Na comparação com o mesmo período de 2014, a baixa foi de 636.000 pessoas. Isso representa uma queda no efetivo de 5,2% e de 8% nas relações trimestral e anual, respectivamente.

O desempenho fraco da construção é reflexo de uma série de fatores característicos da desaceleração da economia do país. Com o crédito mais restrito e os juros mais altos, o brasileiro tem freado os gastos, sobretudo com bens de alto valor agregado, como a compra de um imóvel, por exemplo. Com isso, os estoques das incorporadoras só têm aumentado ao mesmo tempo em que a demanda vem diminuindo. Além disso, os desdobramentos da Operação Lava Jato fragilizaram o caixa das principais construtoras brasileiras, que, consequentemente, têm reduzido os investimentos na construção.

Apesar de o IBGE considerar o nível estável, outras quatro atividades tiveram leves quedas no efetivo de pessoal empregado no trimestre terminado em maio – agricultura, indústria geral, alojamento e alimentação e serviços domésticos. Dessas, a perda mais relevante foi verificada na indústria, com 34.000 vagas a menos do que no trimestre anterior, ou seja, um decréscimo de 0,3%.

O avanço do desemprego para 8,1% foi impulsionado sobretudo pelo aumento vertiginoso de pessoas à procura de trabalho sem que houvesse um aumento proporcional no número de vagas. Os dados da PNAD Contínua deixam bem claro esse movimento: 1,3 milhões de pessoas entraram na fila do desemprego no trimestre encerrado em maio, o que representa um aumento de 18,4% ante o mesmo período do ano passado.

O IBGE também verificou que o emprego formal voltou a cair. No trimestre encerrado em maio, houve uma queda de 1,9% no número de empregados do setor privado com carteira assinada. Em um ano, essa categoria perdeu 708.000 trabalhadores.

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