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Conselho da Petrobras demite diretor que viabilizou a compra de Pasadena

Nestor Cuñat Cerveró deixará a diretoria financeira da BR Distribuidora e será substituído pelo atual presidente, José Lima de Andrade Neto, que acumulará as duas funções

Por Da Redação
21 mar 2014, 19h41

O Conselho de Administração da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras que atua no mercado de distribuição de combustíveis, aprovou na tarde desta sexta-feira a destituição do diretor financeiro da companhia, Nestor Cuñat Cerveró. Os conselheiros decidiram que o cargo será assumido interinamente pelo presidente da empresa, José Lima de Andrade Neto, que acumulará as duas funções. A reunião do conselho da BR ocorreu logo depois de os conselheiros da estatal também se reunirem na sede da empresa, no Rio de Janeiro.

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Cerveró estava na companhia há 30 anos e foi apontado pela presidente Dilma Rousseff como responsável pelo relatório “falho” que subsidiou a compra da refinaria de Pasadena, no Texas. O executivo partiu em férias à Europa justamente no dia em que foi publicada reportagem de O Estado de S. Paulo mencionando o aval da presidente ao negócio e, por consequência, a declaração de Dilma culpando a diretoria pela elaboração de um relatório “incompleto” sobre o negócio.

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Em 2006, ano da compra da refinaria de Pasadena, Dilma era presidente do conselho de administração da Petrobras – e chancelou, apoiando-se nos votos favoráveis de todos os demais conselheiros, a conclusão do negócio. Segundo outros integrantes do conselho à época, o documento que fundamentou a decisão foi corroborado por análises do banco Citibank, que deu aval às condições de compra. Naquele ano, a estatal adquiriu 50% da refinaria que pertencia ao grupo belga Astra Transcor por 360 milhões de dólares. Um ano antes, o grupo besga havia arrematado 100% do mesmo negócio por 42,5 milhões de dólares.

A compra é investigada pela Polícia Federal, Tribunal de Contas da União e Ministério Público por suspeita de superfaturamento e evasão de divisas. Procurado nesta sexta-feira pela reportagem de O Estado de S. Paulo, Cerveró não quis comentar. “Do jeito que as coisas foram postas, minha única alternativa é o silêncio”, disse.

Na quinta-feira, o ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa foi preso na esteira da Operação Lava Jato da Polícia Federal, que desmontou um esquema de lavagem de dinheiro que movimentou cerca de 10 bilhões de reais. Policiais federais flagraram parentes de Costa ocultando documentos ao deixar o escritório do ex-diretor com malas e pastas, no que parecia ser uma tentativa de destruir provas. Costa também é investigado pelo Ministério Público Federal (MPF) do Estado do Rio de Janeiro, por irregularidades na compra da refinaria de Pasadena. Nesta sexta, o pedido de habeas corpus feito pelos advogados de Costa foi negado pela Justiça.

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