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Congresso e Obama aproximam-se de acordo sobre dívida americana

Por Por Emmanuel Parisse y Olivier Knox
31 jul 2011, 18h01

Congressistas republicanos e democratas e o presidente Barack Obama aproximavam-se de um acordo para aumentar o teto legal da dívida americana neste domingo, dois dias antes de o país cair em default com consequências para sua economia e a mundial.

O líder dos republicanos no Senado, Mitch McConnell, afirmou que o Congresso estava “muito perto” de um acordo. “Estamos muito perto de um acordo, tivemos ontem (sábado) um excelente dia”, disse McConnell, afirmando que pensava convencer seus companheiros do Senado – dominado pelos democratas – para que dessem seu apoio.

O líder democrata do Senado, Harry Reid, também mostrou otimismo. “Somos cautelosamente otimistas. Ainda há temas a serem resolvidos, e é necessário ter claro que não se chegou a um acordo. Somos otimistas de que conseguiremos, mas ainda não conseguimos”, afirmou.

O senador McConnell não deu detalhes sobre o texto em vias de ser negociado, mas indicou que levaria a redução de gastos nos próximos 10 anos para 3 trilhões de dólares, e que não prevê nenhuma alta de impostos.

Qualquer acordo deverá pôr fim à luta entre o Senado, onde os democratas são maioria, e a câmara baixa, onde ganham os republicanos e parlamentares próximos ao grupo conservador “Tea Party”, que exigem um forte corte de gastos.

O Senado votou neste domingo contra encerrar o debate de uma proposta impulsionada por Reid, que portanto segue sobre a mesa e poderá ser usada como veículo para conseguir um acordo.

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Reid disse que um novo marco de acordo subiria o limite da dívida de forma a cobrir até depois das eleições de novembro de 2012, nas quais Obama buscará a reeleição. Esse é um dos pontos-chave para a Casa Branca.

Por sua vez, um conselheiro de Obama disse que o dia de domingo era “crucial” para aumentar o teto legal do endividamento, atualmente em 14,3 trilhões de dólares, antes da meia-noite de terça para quarta-feira (01h00 de Brasília da quarta-feira), e evitar um default.

“O relógio anda”, advertiu o conselheiro David Plouffe na emissora NBC.

Segundo o conselheiro presidencial, o acordo sobre o qual a Casa Branca e os líderes dos dois partidos trabalham permitirá um aumento imediato do teto da dívida e se agregaria a isso o compromisso de reduzir os gastos do orçamento em 1 trilhão de dólares.

Posteriormente seria criada uma comissão cuja tarefa seria identificar outros pontos que poderiam ser submetidos a reduções de gastos antes do fim do ano.

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Para o economista Mark Zandi, da agência Moody’s, as notícias deste domingo são “positivas”.

Paralelamente, a diretora-geral do FMI, Christine Lagarde, afirmou à CNN que “o mundo olha os Estados Unidos com apreensão, ansiedade e preocupação, mas também com esperança”.

Os Estados Unidos alcançaram seu limite legal da dívida de 14,3 trilhões de dólares (ou seja, quase 100% do PIB) em 16 de maio, e utilizou gastos e ajustes de contabilidade para continuar operando, mas apenas poderá fazê-lo até a próxima terça-feira.

Se até 2 de agosto não for enviado à Casa Branca um projeto de lei para elevar esse limite, a maior economia do mundo perderá sua capacidade de se endividar. Se não puder continuar se endividando, o governo esgotará suas reservas e não poderá pagar suas contas, explicaram analistas.

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