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Confira a metodologia usada por VEJA Negócios para a elaboração do Guia de Fundos

Conheça como foram escolhidos os fundos de melhor desempenho em dez categorias analisadas

Por Juliana Machado 29 nov 2024, 06h00
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  • O Guia de Fundos VEJA Negócios é uma iniciativa em parceria com a consultoria Elos Ayta e se dedicou a avaliar os fundos de investimento com maior consistência de retornos no longo prazo. Para isso, a indústria de fundos brasileira foi dividida em dez categorias: ações, multimercado sem crédito privado, multimercado com crédito privado, renda fixa com crédito privado e renda fixa sem crédito privado. Tais separações também foram aplicadas aos produtos de previdência, gerando mais cinco categorias nesse segmento.

    Para dar objetividade ao Guia, não foram utilizadas separações que não constam nas regras da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) ou da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), como é o caso dos fundos long bias, uma nomenclatura que é utilizada no mercado, mas não se encontra catalogada nos órgãos reguladores. Tais fundos foram tratados com a classificação regulamentar que usam.

    Categoria Fundos de Ações: Absolute Pace FIA, da Absolute Investimentos
    Categoria Fundos Multimercados sem Crédito Privado: JGP Max FIM, da JGP Gestão de Recursos
    Categoria Fundos Multimercados com Crédito Privado: JGP Corporate Plus FIM CP, JGP Gestão de Crédito
    Categoria Fundos RF sem Crédito Privado: BRAM FIRF Target, do Bradesco
    Categoria Fundos RF com Crédito Privado: BRAM FIRF CP, do Bradesco
    Categoria Fundos de Ações Previdência: Icatu Seguros FIA Prev, da Icatu Vanguarda
    Categoria Fundos Multimercados sem Crédito Privado – Previdência: Absolute Prev FIM, da Absolute Investimentos
    Categoria Fundos Multimercados com Crédito Privado – Previdência: BTG Pactual Cred Corp Prev FIM CP, do BTG Pactual Asset Management
    Categoria Fundos RF sem Crédito Privado – Previdência: Santander Prev Equilínio FIRF, do Santander Brasil Gestão de Recursos
    Categoria Fundos RF com Crédito Privado – Previdência: Itaú Flexprev Active Fix FIRF CP, do Itaú Unibanco Asset Management

    O desempenho dos fundos foi avaliado a partir de análises do retorno e da volatilidade anualizados dos produtos em um ano, três anos e cinco anos. Foram também considerados os retornos e os prêmios anuais nos últimos 36 meses em janelas de doze meses, a mediana dos retornos e dos prêmios anuais na janela de 36 meses e a quantidade de retornos positivos e prêmios na janela de 36 amostras mensais. Os índices de referência usados para comparação foram o Ibovespa, o Índice de Hedge Funds Anbima (IHFA) e o Certificado de Depósito Interbancário (CDI) para os fundos de ações, multimercado e renda fixa, respectivamente. Ainda, utilizou-se a análise do stress por meio do drawdown (a maior queda) dos fundos em um ano, três anos e cinco anos.

    Para ser elegível ao Guia, o fundo deveria existir há pelo menos cinco anos e, para premiar apenas a gestão ativa, fundos com mais de 50% do patrimônio alocado em outro fundo foram excluídos. Isso também levou à exclusão automática de fundos-espelho, ou feeders, que se destinam a replicar a estratégia principal — a análise foi realizada sempre no fundo master, no qual é feita efetivamente a gestão. Embora tais produtos não estejam disponíveis diretamente às pessoas, as estratégias analisadas são acessíveis total ou parcialmente. Foi preciso também que o fundo tivesse ao menos dois cotistas na média diária dos últimos seis meses, exceto para fundos de previdência. Para equilibrar a amostra, foram retirados produtos monoação (que investem em um único ativo), indexados (que apenas replicam um índice) e setoriais. Fundos de condomínio fechado e exclusivos que não oferecem nenhum acesso à estratégia também foram excluídos.

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    O ranking considerou como critério principal a rentabilidade, dando a primeira posição aos fundos que tiveram o maior retorno no período analisado, a segunda posição àqueles com a segunda maior rentabilidade, e assim por diante. Com isso, foram gerados três rankings independentes de rentabilidade em períodos de um, três e cinco anos. O mesmo foi feito com a volatilidade, que teve um ranking gerado para cada período.

    Além disso, criamos o índice de consistência, a partir da quantidade de retornos positivos e prêmios em 36 meses. O fundo com melhor desempenho recebeu nota 1, o segundo, nota 2, e assim por diante. O mesmo foi feito com os prêmios. Isso gerou dois rankings para a consistência, sendo um de retornos e outro de prêmios. O critério de desempate para as posições que se repetiram foi a mediana do retorno observada em 36 meses. Finalmente, na análise de stress, os fundos foram ordenados do menor para o maior percentual de drawdown em um, três e cinco anos, com a sequência de notas começando com 1 para o mais bem colocado.

    Para a nota final, as posições dos rankings de cinco anos ganharam peso de 50%, enquanto as de três anos receberam 30% e as de um ano, 20%. Assim, produzimos um ranking de retornos ponderados, outro de volatilidade ponderada e um de stress ponderado, além dos rankings de consistência. As notas foram somadas, e os fundos com menor pontuação ficaram com as melhores posições. O critério de desempate foi a rentabilidade em cinco anos. É válido lembrar que foram contabilizados apenas os fundos com patrimônio acima da mediana da amostra. Também foram usadas informações da plataforma Economatica.

    Publicado em VEJA, novembro de 2024, edição VEJA Negócios nº 8

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