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Como o aumento global das gripes está afetando os mercados

Ômicron, influenza e resfriado elevam internações e esgotam testes; investidores, no entanto, estão mais preocupados com outros indicadores

Por Luisa Purchio Atualizado em 5 jan 2022, 16h40 - Publicado em 5 jan 2022, 16h37

Neste início de ano, após as festas e confraternizações de Natal e Réveillon, o número pessoas que contraíram a cepa ômicron da Covid-19 está disparando em todo o mundo. O número de casos aumenta em países como França, Estados Unidos e em municípios brasileiros, misturando-se, ainda, com influenza e resfriados. Apesar da alta de casos esgotar os testes em laboratórios e farmácias pelo Brasil, as infecções de gripe em dose tripla não estão derrubando as ações das bolsas mundo afora, diferentemente do que ocorreu com o início da Covid-19 e com outras cepas que foram se espalhando pelo mundo. O motivo é simples: o número de pessoas na UTI e de mortes não está aumentando proporcionalmente ao número de contaminados, o que leva o mercado a crer que, desta vez, não serão necessários novos lockdowns e paralisações de setores da economia para conter a disseminação do vírus.

“No final do ano passado, a cepa ômicron já se mostrava uma boa notícia sobre os rumos da pandemia, mas agora esta análise se confirmou com os relatos se repetindo em outras partes do mundo”, diz Daniel Miraglia, economista-chefe da Integral Group. “Ela confirma o fato de que a pandemia está se transformando em endemia e o vírus vai acabar este ano”, diz ele.

A análise de Miraglia acompanha a precificação que o mercado global tem feito da nova cepa do coronavírus, ou seja, que a Covid-19 está em direção ao fim. As ações que sobem com o agravamento da pandemia e com o distanciamento social, como as de tecnologia, tem caído nos últimos dias nas bolsas americanas e a Nasdaq vem em tendência de baixa desde o começo do ano. Ao mesmo tempo, papeis ligados a viagens e companhias aéreas sobem, com American Airlines, por exemplo, saindo de 101,02 dólares no dia 31 de dezembro para 107,70 na terça-feira, 4.

“Se continuarmos não observando um aumento na taxa de óbitos, não vai se repetir o que houve no passado. Por isso o mercado começa a discutir os novos passos econômicos”, diz Hugo Queiroz, estrategista-chefe do TC Matrix. Esses novos passos consideram principalmente a política monetária a ser adotada pelas maiores nações do mundo diante da recuperação da economia, a exemplo da alta da taxa de juros nos Estados Unidos.

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Brasil

Apesar de ser muito influenciada pelas bolsas americanas, a B3 tem refletido principalmente os riscos domésticos como as eleições e o reajuste dos funcionários públicos que novamente pressiona o teto fiscal. “Aqui observamos abertura dos setores de varejo, saúde, hospitais e viagem e lazer, mas o cenário eleitoral e a perspectiva econômica fazem com que a bolsa ignore um pouco os efeitos causados pela Covid-19”, diz Hugo, do TC Matrix.

“A alta de juros está sendo mais precificada e não favorece as bolsas, principalmente de países emergentes. Não há fluxo de investimento estrangeiro para países como o Brasil neste cenário”, diz Miraglia, da Integral Group. Enquanto o SP500 andou de lado desde o começo do ano, o Ibovespa perdeu mais de mil pontos até a terça-feira, 4.

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