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Como ganhar dinheiro com Selic em queda

Perspectiva de juros mais baixos indicada pelo Banco Central torna outros papéis mais interessantes para os investidores

Por Felipe Machado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 abr 2017, 15h27 - Publicado em 13 abr 2017, 15h26

O Banco Central reduziu a taxa básica de juros, a Selic, para 11,25% na última quarta feira. Após um corte mais intenso que os anteriores – de 1 ponto percentual ante 0,75 ponto percentual –  a perspectiva é que a taxa chegue ao fim do ano em patamares mais baixos.

Especialistas ouvidos por VEJA dizem que os investimentos que pagam rendimentos com base na Selic devem continuar valendo a pena mesmo se os cortes continuarem. Mas eles apontam outros papéis, que começam a se tornar mais atrativos para quem busca aumentar ou manter os seus rendimentos.

Outros ativos de renda fixa

Os papéis cujo retorno leva em conta a Selic (como alguns títulos do Tesouro) continuarão compensando mesmo que a taxa caia ao nível de 9% ao ano, como preveem os economistas de mercado no Boletim Focus.  “Se a Selic for a 9% e a inflação ficar no patamar previsto, vai ser um juro real de quase 4% ao ano. É uma taxa que não se acha em lugar nenhum do mundo” diz Marcos de Callis, estrategista da Votorantim Asset.

A vantagem desses papéis de renda fixa é que eles dão mais garantia de retorno que os de renda variável (como ações). É possível, no entanto, melhorar a performance sem mudar o tipo de investimento.

Para Luciano Telo, Head de Alocação e Estratégia da XP, uma boa alternativa são debêntures de empresas privadas ligadas à infraestrutura. “Desta forma, o investidor segue na renda fixa, e aumenta sua rentabilidade em relação aos títulos tributados de emissão do governo (NTN-B) por adicionar o risco de crédito e se beneficiar da isenção de imposto de renda que esses papéis permitem”, explica.

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Outra alternativa são investimentos pré-fixados, cujo retorno é estabelecido no momento do negócio em vez de em uma taxa futura. “Quando começa o ciclo de cortes de juros, para quem está acostumado com a segurança do CDI, o primeiro ativo para o qual você consegue deslocar é o pré-fixado. Não é fácil, mas está dentro do mesmo campo de investimento, que são juros”, diz Callis.

É possível migrar também para ativos de renda fixa, como CDB, LCA e LCI, oferecidos pelos bancos grandes para os médios, que costumam ter mais retorno. Apesar de o risco ser maior, há salvaguardas. “Investimentos  de até 250.000 reais são cobertos pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC)”, explica Pedro Afonso, chefe de operações da Gradual.

Renda variável

Quem deseja aproveitar o momento para ir em busca de novas estratégias pode analisar  ativos de renda variável (como ações) ou que tenham uma parcela das aplicações baseadas em renda variável (fundos multimercados).

Segundo os analistas, a tendência com a queda nos juros é que a proporção de investimentos em renda variável cresça em relação à renda fixa. “Fazer essa migração tem um efeito,  que é ter que se familiarizar com ativos que oscilam mais, mas é como o mundo inteiro opera”, diz Telo.

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Fundos multimercados, ações e fundo imobiliário

No caso dos fundos multimercados, existem opções que combinam título de renda fixa com de renda variável. Esse tipo de investimento é estruturado para buscar rendimentos em mais de um tipo de fonte.

Os fundos imobiliários, que aplicam em imóveis, podem se beneficiar da queda da Selic. Com os juros mais baixos, a tendência é que o financiamento imobiliário volte a crescer, impactando no valor das propriedades. É preciso analisar qual a característica de investimento do fundo. “Existem fundos que só aplicam em galpões, outros em prédios comerciais, em agências bancárias, por exemplo”, explica Afonso.

Se a opção for por ações, é possível fazer a opção por um fundo de ações ou comprá-las diretamente. Com os juros caindo, a Bolsa de Valores se torna mais atrativa para as empresas e investidores, o que tende a aquecer este mercado.

Existem fundos com diversos focos, e quem não tem familiaridade pode buscar um que se concentre em papéis com tendência a terem menos variação nos seus valores. O investimento em ações diretamente pode trazer rendimentos maiores, mas envolve mais riscos de perder dinheiro.

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