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Comissão de investigação sobre crise no Chipre começa atividades nesta 3ª feira

Formada por juízes, a comissão irá apurar as acusações de que os principais bancos perdoaram empréstimos de políticos, empresários e sindicalistas

Por Da Redação
30 mar 2013, 13h02

A comissão de investigação encarregada de avaliar as responsabilidades políticas e econômicas que levaram à crise bancária no Chipre tomará posse nesta terça-feira e pode já começar seus trabalhos no mesmo dia ou, no mais tardar, no dia seguinte, conforme anunciou neste sábado o ministro da Justiça cipriota, Ionas Nicolaou.

“Tudo vai passar por uma peneira”, disse o ministro da Justiça em entrevista à rádio pública RIK, acrescentando que o objetivo da comissão é explorar em profundidade como e por quê as contas públicas chegaram ao estado atual. Está previsto que os trabalhos da comissão, composta por três destacados juízes, durem três meses, durante os quais eles vão reconstruir o período entre 2006 e 23 de março de 2013, afirmou o ministro.

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Entre os assuntos que deverão ser investigados por esta comissão estão a suposta saída maciça de capital nos dias prévios à primeira reunião do governo cipriota com o eurogrupo, em 16 de março, na qual foi estabelecido um plano de resgate de 10 bilhões de euros em troca de uma taxação de todos os depósitos bancários. Essa proposta foi rejeitada na semana seguinte pelo Parlamento por ser considerada muito agressiva. Na semana passada, foi acordado um novo plano que confisca parte de poupanças superiores a 100.000 euros e a divisão e posterior liquidação do segundo maior banco do Chipre, o Laiki Bank (Banco Popular). Assim, evita-se a falência do país e sua saída da zona do euro.

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Contudo, segundo o procurador-geral Petros Clerides, a prioridade será averiguar o escândalo revelado pela imprensa cipriota e grega de que os três principais bancos do país perdoaram empréstimos de políticos, empresários e sindicalistas. Vários jornais do Chipre e da Grécia trouxeram notícias de que há uma lista de pessoas das quais o Laiki Bank, o Bank of Cyprus (Banco do Chipre, maior do país) e o Banco Heleno teriam perdoado todos ou parte dos créditos, às vezes milionários, entre 2006 e 2012. Neste escândalo estariam envolvidos políticos de todos os partidos cipriotas, com exceção do social-democrata Edek e do Ecologista.

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Neste sábado, o ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, reforçou o eco de autoridades europeias sobre a singularidade do resgate do Chipre e que ele não é modelo para futuros programas de ajuda na eurozona. “Chipre é e vai continuar sendo um caso único e especial”, assegura Schäuble em entrevista divulgada pelo jornal alemão Bild. Ele explicou ainda que os dois principais bancos de Chipre eram “na prática insolventes” e, além disso, o Estado cipriota não poderia assegurar o dinheiro nos depósitos devido à hipertrofia do setor bancário do país.

(com agência EFE)

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