Comércio popular tem movimento fraco na véspera de Natal
O sábado na 25 de Março e no Saara foi tranquilo, sem as tradicionais aglomerações para as compras de última hora
Dois dos principais centros populares de São Paulo e do Rio de Janeiro registraram movimento fraco neste sábado, véspera de Natal. A rua 25 de Março, na capital paulista, e o Saara (Sociedade de Amigos da Rua da Alfândega e Adjacências), na capital fluminense, não tiveram neste 24 de dezembro as aglomerações tão comuns em outros anos.
Na 25 de Março, consumidores carregavam presentes de última hora e produtos para compor a ceia. O fato da véspera da festa ter caído em um sábado, este ano, contribuiu para o movimento abaixo da média para a data, na opinião de David Jefferson, encarregado dos Armarinhos Fernando. “A gente já esperava que hoje ia ser um pouco mais fraco, por ser sábado. Acho que o pessoal está viajando, também. Muita gente antecipou as compras”, disse.
Queda nas vendas
O balanço das vendas divulgado pela Associação Comercial de São Paulo, no último dia 16, indicou uma queda de 7,2% no movimento do varejo paulistano na primeira quinzena de dezembro, em comparação com o mesmo período de 2015. As vendas à vista caíram 9,8% e a comercialização a prazo diminuíram para 4,6%.
Rio de Janeiro
O Saara, no centro da capital fluminense, refletiu neste sábado a crise financeira no Rio de Janeiro. O maior comércio popular à céu aberto do estado, que costuma ficar intransitável nessa época do ano pela multidão de consumidores, tinha movimento tranquilo neste sábado.
Para o comerciante Antonio Pereira dos Santos este é o pior ano em termos de vendas desde que começou a trabalhar no local há dezoito anos. “Está sendo um ano muito atípico, poucas pessoas na rua. Não quero viver um ano tão ruim quanto este. Ainda bem que não comprei muita mercadoria, já prevendo essa queda”, disse.
De acordo com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) este Natal terá queda de 5% nas vendas em comparação com 2015. O desemprego no estado chegou ao índice 12% e os salários atrasados desde novembro dos servidores no estado também afetaram a ceia.
Segundo pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), 52,8% dos entrevistados disseram que a ceia não será farta; 38,9% que será igual a de 2015.
(Com Agência Brasil)