Comércio eletrônico movimenta mais US$ 60 bi por ano na América Latina
As transações na região ainda têm muito potencial par crescer, afirma alto executivo da empresa PayPal
O comércio eletrônico na América Latina teve enorme crescimento e movimenta a cada ano entre 60 bilhões e 70 bilhões de dólares (mais de 132 bilhões de reais) e grande parte dessa quantia é dedicada a compras de aparelhos eletrônicos e a operações transnacionais, afirmou nesta sexta-feira um especialista. “O comércio eletrônico é mais maduro em países como o Chile e, principalmente, o Brasil, líder de transações na região. No entanto, no México o comércio eletrônico ainda engatinha e há muito para onde crescer no país e no restante da região”, explicou em entrevista um alto executivo para a América Latina do PayPal, Ian Cox.
O PayPal, um sistema de pagamentos on-line usado em muitas partes do mundo, chegou à América Latina há três anos, através do Brasil e do México, e agora já está presente em todo o continente. “A aterrissagem na América Latina foi muito boa. Os consumidores latino-americanos pediam um método on-line para pagar de forma segura”, analisou Cox, que admitiu que no mercado da região a empresa enfrentou uma maior reticência dos consumidores a comprar pela internet por dúvidas sobre a segurança das operações. O temor, segundo o executivo, já está sendo superado.
Leia também
Vendas no varejo caem 0,5% em março, mas sobem 4,5% no trimestre
Apple agiliza reembolso ao consumidor para concorrer com Amazon e eBay
O consumidor está em perigo no comércio digital
Os carros-chefes do comércio on-line na região são os aparelhos eletrônicos, a maioria dos quais são adquiridos no exterior, o que constitui uma particularidade do mercado ao qual empresas como PayPal precisaram se adaptar. “Há cinco anos, se você perguntava a um latino-americano sobre compras on-line, por definição entendia que aconteciam no exterior”, comentou Cox.
A maior parte do comércio eletrônico na América Latina é além da fronteira, por isso as empresas de gestão de pagamentos pela internet devem habilitar transações entre consumidores latino-americanos e vendedores de fora da região e vice-versa. Outra característica do mercado eletrônico latino-americano que o PayPal observou desde sua entrada na região e à qual precisou se adaptar é ao pagamento por cotas, muito comum em países como o México e o Brasil, onde o consumidor pede para pagar a compra em, por exemplo, 12 cotas mensais. “Nos Estados Unidos não oferecemos esse serviço, de modo que precisamos mudar nosso produto para que estivesse disponível na América Latina”, lembrou Cox.
(Com agência EFE)