Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Com tensões, investidor prefere cautela e bolsa acumula queda de 5% no mês

Ibovespa operou com cerca de 60% da sua liquidez de costume, com feriado nos EUA e na espera dos desdobramento dos atos por aqui

Por Luisa Purchio Atualizado em 7 set 2021, 17h45 - Publicado em 6 set 2021, 17h49

Nesta segunda-feira, 6, às vésperas do feriado de 7 de setembro e das manifestações convocadas a favor e contra o presidente Jair Bolsonaro, o mercado financeiro operou com cautela. O volume de negociação foi baixo, afinal o feriado do Dia de Trabalho nos Estados Unidos se somou à preferência dos investidores brasileiros em esperar o desenrolar dos protestos agendados para terça-feira e seu impacto principalmente na sensação de insegurança institucional e política do país.

Para analisar melhor a quantas anda a credibilidade do país e o ânimo para se investir na bolsa, é importante olhar a longo prazo e, principalmente, para os indicadores que medem as apostas que o mercado faz para o país no futuro. O índice DI com vencimento em 2023, por exemplo, fechou a sexta-feira, 3, a 8,665%, dois pontos percentuais acima do índice há três meses atrás – no dia 3 de junho, estava a 6,695%. O valor representa o quanto o mercado cobra de prêmio para investir no Brasil no futuro. Além disso, em um mês o Ibovespa acumula queda de 5,37%.

“Nas últimas semanas o mercado local se descolou bastante do americano devido a dois componentes principais. Um deles é a preocupação com o agravamento da crise institucional e esse discurso mais agressivo do poder Executivo para cima do Judiciário”, diz Paulo Duarte, economista-chefe da Valor Investimentos. “O outro é a volta da preocupação com a parte fiscal. As contas públicas tinham recebido um alívio este ano, principalmente por conta do crescimento do PIB, mas a inflação e os juros futuros estão esticando demais. Além disso, o governo não está conseguindo passar a reforma tributária da forma como gostaria e vem flertando com o furo do teto de gastos, o que agrava o risco fiscal”, diz ele.

Vale ressaltar que, assim como na sexta-feira da semana passada, operou com aproximadamente 60% da sua liquidez de costume. Apesar de na maior parte do pregão o Ibovespa ter operado no patamar positivo, a alta de 0,80%, a 117.568 pontos, é apenas um leve respiro das sucessivas quedas que vêm ocorrendo desde a semana passada. O mesmo termômetro deve ser usado para olhar a cotação do dólar comercial, que desde o final desta manhã operou em baixa e próximo ao fechamento do mercado oscilava em queda de 0,15%, a 5,1755 reais.

Após as manifestações de 7 de setembro os ares ficarão um pouco menos nebulosos para o mercado de investimentos – o que não significa menos obstáculos para a bolsa brasileira voltar ao patamar dos 120 mil pontos.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.