Com greve de pilotos, TAP cancela voos no Brasil
Voo com destino ao Porto foi cancelado nesta sexta; para sábado, há previsão de três cancelamentos: em Manaus, Belém e Guarulhos
A greve de dez dias convocada pelos pilotos da companhia aérea portuguesa TAP começou à meia-noite desta sexta-feira e durante suas primeiras horas obrigou o cancelamento de 21 voos dos 73 previstos, informou um porta-voz da empresa. A companhia aérea já tinha alertado ontem a seus clientes das “enormes dificuldades” previstas por esta greve, que deve durar até o dia 10 de maio.
Em seu site, a TAP publicou duas listas, uma composta por 30 voos que estão garantidos pelos serviços mínimos definidos pelas autoridades, e outra com 30 de conexões que “provavelmente não serão realizadas”.
Entre os voos partindo do Brasil, foi cancelado um que sai nesta sexta do Galeão, no Rio de Janeiro, com destino ao Porto, assim como o que parte da cidade portuguesa com destino ao Rio. No sábado, voos com destino ao aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, a Manaus (Amazonas) e a Belém (Pará) devem ser cancelados, assim como os que chegam de Lisboa com destino a essas três capitais.
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A companhia aérea programou para estes dez dias 296 voos diários em média, dos quais em torno de 10% estão garantidos pelos serviços mínimos e o resto dependerá da participação dos pilotos na greve.
Concretamente, a TAP confirmou voos para Alemanha, Angola, a região das ilhas Açores, Bélgica, Brasil, França, Itália, Luxemburgo, o arquipélago português da Madeira, Moçambique, Reino Unido e Suíça.
A companhia aérea advertiu que, nas conexões que não foram canceladas com antecedência, os passageiros devem fazer seu check in e continuar até o embarque, e somente lá poderá ser confirmado se o voo vai acontecer ou não.
Os pilotos convocaram esta mobilização para protestar pelo que consideram um descumprimento do acordo fechado em dezembro com o governo e a companhia aérea para que uma greve em pleno Natal não acontecesse.
Com esse pacto, o governo português aceitou a criação de um grupo de trabalho com os representantes dos funcionários da TAP com capacidade de “influir” nas condições exigidas pelo estado em sua privatização. “Não podemos aceitar a redução de salários”, disse ontem o representante do sindicato, Hélder Santinhos, após confirmar que a greve ia acontecer.
(Com EFE)