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Com dólar nas alturas, Tombini reafirma estabilidade do sistema financeiro

País está preparado para enfrentar momento de turbulência vivido pelos mercados globais, garante presidente do Banco Central

Por Talita Fernandes
31 ago 2013, 21h30

Em meio à alta volatilidade do dólar, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, voltou a falar que o país está preparado para enfrentar o momento de turbulência vivido pelos mercados globais. “O sistema financeiro está sólido, com elevados níveis de capital, liquidez e provisões”, disse neste sábado, durante a palestra de encerramento do 6º Congresso Internacional de Mercado Financeiro e de Capitais, em Campos do Jordão. “O trabalho árduo que realizamos nos últimos anos – supervisores e mercado – resultou em um sistema financeiro mais sólido e eficiente.”

O presidente da autoridade monetária comentou o cenário de volatilidade que o país vem enfrentando no mercado de câmbio desde maio e disse que o BC tem agido para enfrentar tais adversidades. “Nossa estratégia é clara: utilizaremos nosso amplo rol de instrumentos para reduzir volatilidade excessiva e mitigar potenciais riscos à estabilidade financeira”, disse.

A fala é uma menção ao plano anunciado há pouco mais de uma semana pelo BC, de leilões diários no mercado de câmbio. “Essa estratégia estará presente durante todo o período de transição entre o mundo atual e o mundo à frente, de condições monetárias normalizadas e maior crescimento da economia e do comércio global”, completou.

Apesar da ação do BC, o dólar subiu 4,5% em agosto, segunda maior alta mensal depois de maio, quando a divisa teve valorização de 7,04% ante o real. Com isso, a moeda acumula quatro meses de alta. A tendência de valorização da moeda norte-americana é provocada pela ameaça do fim dos estímulos econômicos do Banco Central dos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed). A alta do dólar traz preocupações adicionais à economia brasileira, que é penalizada pela inflação elevada, apesar da subida dos juros, e por crescimento enfraquecido. O dólar mais alto é uma pressão adicional à alta dos preços.

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Repetindo o discurso otimista da presidente Dilma Rousseff, de que o país tem “bala na agulha” para combater a volatilidade do dólar, Tombini voltou a falar na importância das reservas internacionais. “Ao longo dos últimos dois anos, continuamos ampliando nosso colchão de segurança e de liquidez. Adicionamos quase 90 bilhões de dólares às nossas reservas internacionais, que hoje ultrapassam 370 bilhões de dólares.”

Cenário – Sobre o cenário internacional, Tombini disse que a estabilidade dos sistemas financeiros, “tanto em nível nacional quanto global”, tornou-se questão central para os supervisores, como os Bancos Centrais. Segundo ele, a crise financeira de 2008 fez com que as autoridades reguladoras “se preocupassem mais com a saúde e a solvência do sistema como um todo, e não somente das instituições individualmente, como prevalecia no pré-crise”. Para ele, o país saiu à frente e criou mecanismos de regulamentação há mais tempo “devido às situações de alta volatilidade que vivemos nas décadas de 1980 e 1990”

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