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Com crise, lançamentos de imóveis caem 18,6% em São Paulo

Segundo sindicato da habitação, a situação do mercado imobiliário tende a piorar até o fim do ano, com queda de até 20% nas vendas e de até 25% em lançamentos

Por Da Redação
15 jul 2015, 11h18

O mercado imobiliário da cidade de São Paulo sentiu a forte desaceleração da economia nos primeiros meses do ano. Uma série de indicadores mostra recuo nos lançamentos, nas vendas de imóveis novos e usados e no preço dos contratos de aluguel. Para especialistas, a situação pode piorar ainda mais até o fim do ano, refletindo o aumento do desemprego e a queda da renda das famílias.

Dados do sindicato da habitação de São Paulo (Secovi-SP) mostram que, no acumulado de janeiro a maio, as vendas de novas unidades residenciais na capital recuaram 11,4% em relação ao mesmo período de 2014 e os lançamento caíram 18,6%. A cidade tem um estoque de 28.100 unidades, entre imóveis na planta, em construção e prontos.

“Daqui para a frente, tudo vai depender do ajuste fiscal. Só em agosto vamos ter uma ideia melhor de como será o segundo semestre”, diz Claudio Bernardes, presidente do Secovi-SP. A entidade estima uma redução de 15% a 20% nas vendas e recuo de 23% a 25% em lançamentos neste ano. Bernardes avalia que, na melhor das hipóteses, o setor não vai escapar de uma retração forte.

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O mercado de imóveis usados também sofreu impacto. Segundo pesquisa do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Creci-SP), as vendas caíram 4,43% em maio em relação a abril. O Creci atribui a queda à restrição do crédito por parte dos bancos, sobretudo da Caixa, que responde por cerca de 70% dos financiamentos.

Afetada pelas perdas da caderneta de poupança, que no primeiro semestre registrou saques de 38,5 bilhões de reais, a Caixa elevou juros e apertou as condições de crédito. Em nota, o banco afirmou que a principal fonte de recursos para o crédito imobiliário neste ano será o FGTS e o foco será o programa Minha Casa, Minha Vida.

Compras à vista – A perda de fôlego dos financiamentos abriu espaço, sobretudo no mercado de usados, para negociações à vista, a preços mais competitivos. “No primeiro trimestre, os financiamentos representaram 70% das vendas da Lello Imóveis. No segundo, essa fatia caiu para 40%”, diz Igor Freire, diretor de vendas da Lello. Segundo ele, um recuo de preços de até 15% e a negociação mais intensa entre compradores e vendedores, com ofertas à vista, ajudaram a evitar números ainda piores nas vendas.

O esfriamento do mercado também fez aumentar o número de imóveis para locação. Em junho, os anúncios no site de classificados Zap somaram 32.936 na capital paulista, salto de 43,5% ante um ano antes.

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Em São Paulo, o preço de novos contratos de locação caiu 0,64% de maio para junho, segundo o Índice FipeZap de Locação. Na média de nove cidades, o indicador atingiu uma marca inédita: caiu 0,57% em 12 meses até junho, a primeira queda nessa análise. “Agora, pode ser a chance de conseguir um preço melhor no reajuste do contrato porque o aluguel novo está em queda”, diz Eduardo Zylberstajn, da Fipe.

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(Com Estadão Conteúdo)

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