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Com bandeira vermelha, conta de luz deve ficar mais cara até dezembro

A cada 100 kilowatts-hora consumidos, mecanismo acrescenta 5 reais à conta de luz do consumidor

Por Gilmara Santos
Atualizado em 19 jun 2018, 18h26 - Publicado em 19 jun 2018, 16h50

O consumidor deve preparar o bolso porque a conta de luz vai ficar mais cara nos próximos meses, reflexo das previsões de menos chuvas na região dos reservatórios das hidrelétricas, principal fonte de geração de energia do país. Com isso, entra em vigor a chamada bandeira vermelha – mecanismo criado para sinalizar ao cliente eventuais reduções na oferta de energia.

A bandeira tarifária vermelha nível 2, que já foi acionada em junho, acrescenta 5 reais às contas de luz a cada 100 kilowatts-hora consumidos. “Significa dizer que haverá um adicional de 1,5% no valor da tarifa”, calcula Guilherme Medeiros, responsável pela regulação e tarifas da Thymos Energia.

De acordo com ele, o acréscimo deve ser pago pelos consumidores até novembro, quando começam as chuvas e as cobranças tendem a voltar para a bandeira verde. “Nós esperamos que a bandeira vermelha 2 continue até o fim do ano”, diz relatório do banco UBS.

“Existe um certo consenso. Vários agentes de mercado estão indo nessa linha, até novembro com bandeira vermelha, por uma questão principalmente de hidrologia. Apesar de a carga não estar crescendo como se esperava, a hidrologia está ficando bem abaixo da média”, disse o presidente da comercializadora Copel Energia, Franklin Miguel.

O sistema de bandeiras – verde, amarela, vermelha 1 e vermelha 2 – é usado para indicar o patamar tarifário da conta de luz. Exceto pela verde, na qual não há cobrança extra, a tarifa fica mais cara na vigência das demais. A medida é uma forma de compensar o acionamento das usinas termoelétricas, cuja operação é mais cara, em momentos em que os reservatórios estão em níveis baixos.

Mais caro

Nos últimos três anos, a conta de energia elétrica residencial subiu 13,7% acima da inflação, conforme estudo realizado pela Safira Energia. Entre fevereiro de 2015 e maio de 2018, o Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial, acumulou variação de 19,7%. No mesmo período, a energia elétrica residencial subiu 33,4%.

“O consumidor tem visto uma escalada gradual das tarifas de energia, bem acima da inflação, e não há perspectiva de que os preços caiam até o fim do ano”, observa o consultor sênior de negócios da Safira, Josué Ferreira, ao destacar que os índices de reajuste vão variar de acordo com a região, mas certamente se situarão ainda acima da inflação.

Ele também explica que esses indicadores tarifários carregam o resultado das bandeiras tarifárias, de modo que não refletem somente as tarifas homologadas, mas também as condições hidrológicas correntes no sistema elétrico do país.

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(Com Reuters)

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