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Com aprovação da Previdência, dólar cai a R$ 4,03, menor valor em 2 meses

Bolsa teve alta de 0,16% no dia e renovou a máxima histórica, aos 107.550 pontos; Senado concluiu nesta terça a votação dos destaques ao texto

Por Larissa Quintino Atualizado em 23 out 2019, 18h01 - Publicado em 23 out 2019, 17h43

O dólar comercial caiu quase 1% nesta quarta-feira, 23, repercutindo o otimismo dos investidores com a aprovação da reforma da Previdência, que teve a tramitação concluída no Senado Federal. A moeda fechou o dia vendida a 4.03 reais, queda de 1,05%. Esta foi a menor cotação para a moeda americana no país em mais de dois meses. Em 19 de agosto foi vendida a 4 reais.  No dia, o real teve o segundo melhor desempenho nesta sessão numa lista de cerca de 30 pares do dólar, atrás apenas da lira turca.

Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, teve uma alta tímida, de 0,16%, aos 107.550 pontos, renovando o recorde histórico. Com a aprovação da reforma já repercutida na véspera, o cenário continuou positivo, mas sem a euforia do dia anterior.

Nesta quarta-feira, o Senado concluiu a votação da reforma da Previdência com a avaliação de dois destaques que sobraram do dia anterior, após a aprovação tranquila do texto, por 60 votos a 19. Os pedidos de mudança versavam sobre a aposentadoria especial, sendo que a proposta do PT, que visava retirar um texto da PEC que proibia trabalhadores que recebem insalubridade a pedir esse tipo de benefício causou comoção nos senadores. Temendo derrota, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre encerrou a sessão na terça deixando a votação para quarta.

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Após parecer positivo de técnicos do Senado que o texto não voltaria para a Câmara dos Deputados e com um acordo construído entre governo e lideranças — que tiveram como contrapartida a retirada do destaque da Rede e o compromisso do Senado em enviar um projeto de lei para regulamentar as aposentadorias especiais — o destaque foi aprovado e a votação do texto finalmente concluída.  De acordo com a equipe econômica, a potência fiscal da matéria é de 800.3 bilhões de reais em uma década. A matéria, principal foco do Ministério da Economia para este ano, era considerada fundamental pelos investidores.

A promulgação, no entanto, só deve ocorrer em novembro, já que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), pretende aguardar o retorno do presidente da República, Jair Bolsonaro, e do vice-presidente, Hamilton Mourão, além do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), todos em viagens internacionais.

“Espero que, passada a reforma da Previdência, outros vetores da agenda econômica comecem a caminhar, ficando claro para o investidor –especialmente o estrangeiro– o caminho positivo que o Brasil está seguindo”, disse Dan Kawa, sócio da TAG Investimentos.

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Além das reformas, analistas têm citado expectativas de ingressos de recursos dos leilões do pré-sal e privatizações como argumento para um cenário em que o dólar pelo menos se estabilize abaixo das máximas recentes na casa de 4,16 reais. “Vemos chance de 17 bilhões de dólares em fluxo até o quarto trimestre”, disseram profissionais do Morgan Stanley em nota.

Já em relação a bolsa, o BTG Pactual destacou que daqui para a frente o que fará preço do mercado serão os resultados de balanços do terceiro trimestre. Analistas avaliam que os indicadores de bolsa já não estão baratos, assim, o diferencial de cada gestor estará no seu grau de seletividade. Já o  Itaú BBA destacou que o Ibovespa abriu espaço para testar novos patamares. “Os próximos objetivos do mercado estão em 114.000 e 120.000 pontos”, afirmaram os analistas Fabio Perina e Larissa Nappo, em relatório a clientes. 

(Com Reuters)

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