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Com a aquisição pela Gol, Webjet deixará de existir

Assim que a operação obtiver a aprovação da Cade e da Anac, o processo que levará à extinção da bandeira começará a tomar curso

Por Carolina Guerra
11 jul 2011, 13h16

As duas empresas atuam no segmento de baixo custo e possuem perfis parecidos, o que facilita a incorporação, explica Constantino Jr

Entre os maiores credores da Webjet estão os bancos Santander, Safra e Citibank

Após adquirir a Webjet a estratégia da Gol Linhas Aéreas é incorporar as operações da companhia em um primeiro momento, para depois extinguir a marca de vez. Assim que obtiver a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o processo de extinção da bandeira deve começar a tomar curso. “Deveremos manter a marca Webjet por um tempo, até sair o resultado da posição do Cade em relação à transação, para depois promover a integração total”, afirma Constantino de Oliveira Jr., presidente da Gol, em conferência com jornalistas.

De acordo com Constantino Jr., as duas empresas atuam no segmento de baixo custo e possuem perfis parecidos, com estrutura enxuta, o que facilita a incorporação. Já no que diz respeito às aeronaves, o objetivo é padronizar a frota no período de até dois anos, com aeronaves da americana Boeing nos modelos 737-700 e 737-800.

Dívida – A Webjet – empresa pertencente à família Paulus, fundadora da operadora de turismo CVC – faturou cerca de 750 milhões de reais em 2010. A compra, anunciada nesta sexta-feira, foi feita por 311 milhões de reais, sendo que 96 milhões de reais correspondem ao valor da aquisição de fato, e 215 milhões equivalem ao endividamento da companhia. “Não acredito que pagar a dívida seja um grande obstáculo, já que a Webjet tem grande capacidade de geração de caixa”, aponta Leonardo Pereira, diretor vice-presidente financeiro e de relações com investidores da Gol. Entre os maiores credores da Webjet estão os bancos Santander, Safra e Citibank. Já da parte da Gol, o plano é investir 100 milhões de reais em sinergias, a partir do momento em que as empresas estiverem integradas.

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A Gol mantém uma expectativa otimista quanto à aprovação da operação pelo Cade. “O objetivo da Gol é popularizar o transporte aéreo. Queremos ampliar o número de ofertas e de destinos atendidos. A ampliação da companhia provoca a concorrência. Isto é positivo na percepção do consumidor e deve ser positivo na percepção do Cade”, diz Constantinto Jr. Ainda segundo o executivo, como as companhias são muito parecidas, não há motivos para o aumento do preço das passagens.

Aeroportos – O presidente da Gol reconhece que, apesar do aumento da oferta de passagens, a infraestrutura aeroportuária continua problemática. “Confiamos que a situação atual não deve persistir”, diz Constantino Jr. que acompanha de perto o processo de privatizações e reformas dos aeroportos. “Somos parte interessada no processo de privatização, mas não é nossa prioridade investir em infraestrutura de aeroportos”.

A companhia aérea não confirma que o processo de aquisição foi acelerado pela possibilidade de uma oferta do Grupo Ryan, da companhia aérea irlandesa Ryan Air, que já prestava consultoria à Webjet.

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