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Colombiano e americano são candidatos a presidir o Bird

Por Win Mcnamee
23 mar 2012, 22h18

O Banco Mundial (Bird) anunciou nesta sexta-feira os três candidatos oficiais que aspiram a suceder o americano Robert Zoellick em sua presidência: trata-se de seu compatriota e favorito, Jim Yong-kim, o colombiano José Antonio Ocampo e a nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala.

Ocampo, ex-ministro das Finanças colombiano que é atualmente professor na Universidade de Columbia (Nova York), havia anunciado sua candidatura na quarta-feira.

No entanto, a Colômbia descartou promover sua candidatura à presidência do Bird, argumentando que sua prioridade é a postulação de seu vice-presidente Angelino Garzón à direção da Organização Internacional de Trabalho (OIT), e que outro colombiano, Luis Alberto Moreno, já ocupa a titularidade do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

O presidente Barack Obama indicou nesta sexta-feira Jim Yong-kim, um americano de origem coreana que preside a prestigiada universidade de Datmouth, como candidato à presidência do Banco Mundial, e inaugurou assim a disputa com os postulantes de origem colombiana e nigeriana.

A candidatura de Jim constitui uma surpresa na medida em que seu nome não havia sido mencionado entre os possíveis candidatos dos Estados Unidos.

“É tempo de um especialista em temas de desenvolvimento dirigir o organismo de desenvolvimento mais importante do mundo”, disse Obama, acompanhado de Jim.

“Jim destinou mais de duas décadas a trabalhar para melhorar as condições (de vida) em países desenvolvimento”, disse Obama, que mencionou trabalhos deste acadêmico em matéria de luta contra a Aids e seu trabalho na Organização Mundial de Saúde.

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O chefe do Bird “deve ter uma profunda compreensão do papel que o desenvolvimento tem no mundo, e da importância de criar condições para que o assistencialismo deixe de ser necessário”, disse Obama.

“Acredito que ninguém seja mais qualificado para cumprir essa missão que o doutor Jim-kim”, completou.

Segundo uma fonte próxima ao Bird, a Casa Branca exerceu “uma pressão colossal sobre Hillary Clinton”, a secretária de Estado do presidente Obama, para que assumisse o cargo, pelo qual disse repetidamente não estar interessada.

O economista americano Jeffrey Sachs retirou sua candidatura na sexta-feira após o anúncio de Obama e expressou seu apoio à candidatura de Jim.

O apoio dos Estados Unidos deixa Jim às portas do Bird, em virtude de um acordo tácito pelo qual a titularidade desse órgão é sempre para um americano enquando o Fundo Monetário Internacional é comandado por um europeu.

Estados Unidos e Europa têm em conjunto o maior peso financeiro, que se traduz em votos, dentro de cada órgão.

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No Brasil, o ministro da Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, expressou nesta sexta-feira que o governo teria “simpatia” por um candidato latino-americano, apesar de ter indicado que Brasília ainda não tem posição tomada.

Pimentel disse em coletiva de imprensa que “a tradição brasileira é apoiar latino-americanos” e essa seria a “preferência” do país.

No entanto, e apesar de reclamar que se termine o acordo entre Estados Unidos e Europa para controlar o Bird e o FMI, Brasil apoiou no ano passado a candidatura da francesa Christine Lagarde ao FMI frente a do mexicano Agustín Carstens.

O processo de seleção se assemelha ao do FMI. Os candidatos devem ser apresentados pelos Estados-membros, depois a lista é reduzida a um máximo de três pelo Conselho de Administração caso exceda esse número. No Bird, esta instância de 25 membros, onde cada delegado representa um país ou um grupo de países, continua sendo dominada amplamente pelos europeus em número de votos e pelos ocidentais, segundo os direitos de voto.

Então, o presidente deve ser escolhido por consenso ou por maioria simples de votos.

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