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Citado no petrolão, presidente da Transpetro é mantido no cargo

Afilhado político de Renan Calheiros (PMDB), Sergio Machado foi acusado de receber 500.000 reais de propina das mãos do delator Paulo Roberto Costa

Por Da Redação
6 jan 2015, 15h45

Os membros do conselho de administração da subsidiária de transportes da Petrobras, Transpetro, correram contra o tempo para aprovar a segunda extensão da licença do cargo concedida ao presidente, Sérgio Machado.

O presidente deveria ter voltado à Transpetro ou deixado definitivamente o cargo nesta segunda-feira. No fim do prazo, durante a noite, veio a informação de que ele permanecerá na presidência da subsidiária por mais quinze dias. A assessoria de imprensa da Transpetro divulgou a prorrogação da licença na manhã desta terça-feira, logo no início do expediente.

Machado recorreu a parlamentares para tentar ganhar tempo e desvincular o seu nome das denúncias de corrupção feitas pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, delator na Operação Lava Jato. Costa disse ter recebido 500.000 reais diretamente de Machado como pagamento de propina.

Ex-senador, Machado é afilhado político do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB). Por causa do seu envolvimento, a presidente Dilma Rousseff já havia cogitado demiti-lo do cargo. O PMDB, no entanto, impediu a exoneração, alegando que o mesmo tratamento fosse dado aos petistas também citados na Lava Jato.

Quando a declaração de Costa foi dada à PF, a empresa de auditoria da estatal PricewaterhouseCoopers (PwC) demonstrou constrangimento em validar o balanço financeiro da petroleira, já que, entre os principais executivos no comando da companhia, estava o presidente da Transpetro, denunciado na Lava Jato. A solução, então, foi afastar Machado.

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Calheiros – Nos bastidores, parlamentares do PMDB afirmam que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), padrinho político de Machado, atua para manter a presidência da Transpetro na cota do partido e que as sucessivas prorrogações das licenças do ex-senador cearense são uma tentativa de ganhar tempo para negociar com o Planalto.

A subsidiária de transportes é responsável por um orçamento bilionário de contratação de navios, que, além de movimentar todo setor naval brasileiro, tem o mérito de geração de emprego em grande escala. Por enquanto, o cargo permanece sendo ocupado interinamente por Cláudio Ribeiro Teixeira Campos, funcionário de carreira da estatal. Ele está na presidência desde o dia 3 de novembro de 2014, quando começou a licença de Machado.

(Com Estadão Conteúdo)

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