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Cigarro é grande vilão na alta do IPC de abril, diz Fipe

Por Da Redação
3 Maio 2012, 15h37

Por Maria Regina Silva

São Paulo – O aumento no preço dos cigarros foi determinante para a alta de 0,47% no Índice de Preços ao Consumidor (IPC) em abril. Sozinho, o item teve influência de 0,18 ponto porcentual e contribuição de 38,88% no indicador calculado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Com o impacto, Despesas Pessoais, do qual cigarros fazem parte, teve a maior variação entre os grupos no mês passado, de 1,94%, e peso de 49,11% no IPC.

“A inflação foi diretamente influenciada pelo reajuste do cigarro. Foi uma fatia significativa. Se não fosse essa elevação, o IPC poderia ter sido menor, próximo a 0,30%”, avaliou o coordenador do índice e economista Rafael Costa Lima, em entrevista à imprensa nesta quinta-feira na sede da Fipe. Dentro de Despesas Pessoais, o subgrupo Fumo e Bebidas teve alta mensal de 5,61%.

Em abril, a Souza Cruz anunciou alta média de 24% em seus produtos, antecipando-se à cobrança do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que começou a vigorar este mês. Só em abril, o cigarro teve variação de 16,06%, decorrente do reajuste promovido pela fabricante.

Para maio, diante da expectativa de que a Phillips Morris também eleve o preço dos seus produtos, o IPC deve continuar pressionado pela inflação de cigarros. “Por outro lado, houve perda de força nos preços de passagens aéreas (-4,77% em março para -1,71% em abril)”, minimizou Costa Lima.

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Além de Despesas Pessoais, Alimentação também ajudou a elevar os preços na cidade de São Paulo em abril. O grupo subiu 0,45% e teve influência de 21,91% sobre o IPC. Contudo, o economista disse que a pressão está localizada e há alguns preços que estão caindo, limitando a alta do grupo.

“O clima está ajudando os itens in natura a não subirem tanto quanto no ano passado. Além disso, os preços da carne bovina continuam caindo. De janeiro até abril, a queda acumulada é de 13%, mas esse movimento pode estar prestes a terminar”, disse. O preço das carnes cedeu 2,86% em abril e, pelos cálculos do economista, devem diminuir a queda para 1,00% no fechamento do IPC de maio. Ao contrário desses produtos que impediram uma elevação maior de Alimentação, os preços do feijão (13,90%), sorvete (6,43%), leite longa vida (2,32%) e óleo de soja (3,77%) ficaram mais altos em abril. “Se excluirmos esses produtos, teríamos uma inflação em Alimentação menor, sem dúvida”, ressaltou.

Como esperado, o grupo Saúde (0,73%) foi outro a deixar a inflação do paulistano maior no mês passado, conforme o efeito do reajuste dos remédios foi aparecendo no índice cheio. “Houve demora na distribuição do aumento sobre o índice e os reflexos foram sentidos com mais força nessa leitura.”

A chegada da nova coleção às lojas de São Paulo empurrou Vestuário para cima, que subiu 0,89% em abril. A expectativa da Fipe é de que o grupo registre alta forte em maio, de 0,70%. “Mas, aos poucos, deve diminuir esse ritmo”, estimou. O grupo Transportes teve variação positiva de 0,18%, com destaque de alta para os preços do etanol (0,88%). Já Habitação (0,00%) teve contribuição negativa no IPC do mês passado, influenciada por Equipamento de Domicílio (-0,98%), que por sua vez reflete a manutenção da redução do IPI para linha branca.

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