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Chuvas atingem Sul e estancam perdas nas lavouras

Por Da Redação
13 jan 2012, 15h10

Por Roberto Samora

SÃO PAULO, 13 Jan (Reuters) – As chuvas que atingiram nesta sexta-feira os Estados do Paraná e Rio Grande do Sul, segundo e terceiro produtores de soja do Brasil, foram generalizadas nas regiões mais ressecadas e devem colaborar para estancar o processo de quebra de safra nas lavouras, disseram fontes oficiais.

O Paraná é ainda o maior produtor de milho do Brasil.

“A previsão meteorológica e a chuva de hoje são seguramente a melhor notícia do ano e dos últimos meses para agricultura gaúcha”, disse à Reuters o diretor-técnico da Emater, Gervásio Paulus, do governo do Rio Grande do Sul.

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Segundo ele, as chuvas atingiram a metade norte do Rio Grande do Sul, justamente a área que necessitava mais de umidade e que é a principal região produtora de soja e milho.

No Paraná, a situação é semelhante.

“Choveu em toda a região, no norte, oeste, sudoeste, a região mais seca do sudoeste recebeu chuvas… Em algumas áreas, choveu 100 milímetros”, disse o agrônomo Otmar Hubner, diretor do Deral, órgão do governo do Paraná.

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A precipitação média acumulada no Paraná e Rio Grande do Sul, antes das chuvas desta sexta-feira, não passava de 10 mm em janeiro, segundo dados da Somar Meteorologia.

Os futuros da soja negociados na bolsa de Chicago ampliaram perdas após a notícia e por previsão de mais umidade na América do Sul, o que pode ajudar também na recuperação das lavouras da Argentina.

Os agrônomos do Paraná e Rio Grande do Sul ressalvaram, no entanto, que dificilmente as lavouras com perdas serão recuperadas.

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A Emater trabalha com perdas de mais de 15 por cento na soja do Rio Grande do Sul, na comparação com a estimativa inicial, apontando uma colheita na temporada 2011/12 de 8,7 milhões de toneladas.

Já o Deral vê perdas de pelo menos 10 por cento ante a projeção inicial para a produção de soja, para 12,72 milhões de toneladas.

Na temporada passada, Paraná e Rio Grande do Sul contaram com ótimas condições climáticas e produziram recordes de 15,3 milhões e 11,7 milhões de toneladas, respectivamente.

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Somados, os dois Estados produziram 27 milhões de toneladas na safra anterior, ou 36 por cento da produção recorde que o Brasil produziu na temporada 2010/11.

“A chuva está muito interessante, vem de forma mais organizada… Pelo menos até o momento, está se apresentando como uma chuva mais geral, pelo menos na metade norte do Estado, que é a região mais crítica”, disse Paulus.

BENEFÍCIO PARA QUEM PLANTOU MAIS TARDE

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No Rio Grande do Sul, que planta mais tarde entre os principais produtores, a chuva é muito bem-vinda, já que permitirá que um percentual maior das lavouras seja beneficiado pela umidade.

Mas mesmo no Paraná há ainda lavouras em desenvolvimento inicial que serão beneficiadas.

“Em nenhum desses lugares (do Paraná onde estava seco), choveu menos de 20 mm, e segundo o Simepar (órgão de meteorologia do Paraná) deve chover novamente no final de semana”, disse Hubner.

“Estanca a quebra, algumas lavouras em início de floração e em desenvolvimento vegetativo, essas podem se recuperar. Temos também milho em desenvolvimento, que pode se recuperar”, disse o diretor do Deral.

Ele salientou que a umidade também favorece o plantio da segunda safra de milho, na qual muitos apostam suas fichas para recuperar parte das perdas verificadas na colheita de verão. A área plantada na chamada safrinha deverá ser maior do que a primeira no Paraná.

A seca que atingiu as lavouras, especialmente no final do ano passado, ocorreu em meio ao fenômeno climático La Niña, que tende a produzir chuvas escassas e irregulares na parte Sul do Brasil.

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