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Chuva para moagem em 42% das usinas da Copersucar

Por Da Redação
18 jul 2012, 12h28

Por Eduardo Magossi

São Paulo – O presidente da Copersucar, Paulo Roberto de Souza, disse que cerca de 42% das usinas associadas da cooperativa estão com a moagem de cana-de-açúcar parada, em virtude das chuvas, o que está atrasando a colheita e a entrega de açúcar e etanol. A Copersucar tem 48 usinas associadas. Segundo ele, o fato de as previsões climáticas indicarem mais chuvas no médio prazo, por causa do fortalecimento do El Niño, poderá levar à permanência de cana em pé (que não será cortada) para a próxima safra.

O executivo informou que as chuvas atrasaram tanto a moagem que a Copersucar acabou recebendo açúcar do contrato futuro com vencimento em julho da Bolsa de Nova York (ICE Futures), pela primeira vez em décadas, para poder honrar seus contratos de entrega. “Recebemos 112 mil toneladas de açúcar que estão sendo embarcadas no Porto de Paranaguá (PR) porque os navios já estavam esperando no porto e, por conta das chuvas, a fabricação própria estava atrasada”, revela.

Souza ressalta que as chuvas estão fazendo com que a espera de embarque esteja em 15 dias no Porto de Santos (SP) e de 25 dias em Paranaguá. Nesses dois portos existem navios esperando o embarque de 1,7 milhão de toneladas e outros navios devem chegar, ainda em julho, para embarcar mais 750 mil toneladas do produto. Nos últimos dois dias, em virtude das chuvas, os embarques de açúcar foram suspensos nos dois portos.

O presidente da Copersucar afirmou, ainda, que esse cenário deve manter os preços internacionais do açúcar sustentados, mas dificilmente o setor irá produzir mais açúcar por causa disso, já que as usinas estão trabalhando no limite máximo de produção.

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Ele explicou, contudo, que o clima chuvoso e as inúmeras interrupções que estão ocorrendo nas usinas devem levar a uma maior produção de etanol. “Já que não podemos produzir mais açúcar, pois estamos no máximo, temos de aproveitar o período de funcionamento das usinas para produzir mais etanol também.” Ele acredita que o atraso na colheita, que já soma 50 milhões de toneladas no Centro-Sul do Brasil, não deve ser equilibrado antes de novembro ou dezembro, quando muitas usinas já encerraram suas atividades.

Souza informa que, no momento, as importações de etanol dos Estados Unidos são inviáveis devido à forte alta nos preços do milho, também provocada por questões climáticas. Mas, segundo ele, isso não significa que importações de etanol não possam ser realizadas a partir de janeiro de 2013, se os preços estiverem competitivos.

Em relação ao possível aumento da mistura de anidro na gasolina de 20% para 25%, Souza disse que ainda depende de estudos que estão sendo realizados pelo governo junto com o setor. Ele afirma, contudo, que esse aumento deverá ocorrer apenas quando houver segurança de que essa medida poderá ser atendida de forma confortável. De acordo com ele, o aumento deve ocorrer, a questão é quando. “Não poderá ocorrer no curto prazo, mas num período até o fim do ano, diz. Souza participa hoje, na sede da cooperativa, em São Paulo, de cerimônia de assinatura da renovação da parceria com o Instituto Ayrton Senna no Programa SuperAção Jovem.

IPO

A Copersucar não deverá realizar processo de abertura de capital (IPO, na sigla em inglês), nos próximos dois anos, de acordo com o presidente da companhia. O motivo é o cenário macroeconômico, que, em sua visão, não está positivo. “A empresa não quer ir a mercado a qualquer preço”, afirmou.

O prazo de dois anos é uma estimativa de um período para o mercado de capitais se recuperar e se tornar líquido novamente, na opinião dele. “Se daqui um ano houver liquidez e os investidores estiverem famintos, podemos acelerar esse processo”.

Souza disse ainda que algumas empresas estão se voltando ao mercado neste momento ou por razões específicas ou porque precisam muito de capital, o que não é o caso, segundo ele, da Copersucar, que pode realizar seus investimentos sem recorrer à Bolsa de Valores. A companhia também descarta no momento fazer captações no mercado externo.

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