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Chipre anuncia reestruturação do 2º maior banco do país

Em meio ao impasse sobre a ajuda financeira internacional, o país enfrenta filas para saques e manifestações em frente ao Parlamento

Por Da Redação
21 mar 2013, 17h08

O presidente do Banco Central do Chipre, Panikos Dimitriadis, anunciou nesta quinta-feira a reestruturação do Laiki Bank, segunda maior instituição financeira do país, dentro de um plano de saneamento do sistema bancário, sem o qual a economia “estaria em perigo”. Para o presidente da ilha, Nikos Anastasiadis, a medida foi necessária para que o banco continue funcionando. Além disso, o BC cipriota informou que o limite de retirada de dinheiro dos caixas ficará, por enquanto, limitado a 260 euros diários, em vez dos mil euros habituais.

As declarações do presidente do Banco Central chegam em um momento de grande nervosismo da população, que teme a quebra desta entidade financeira – a segunda maior do país. As filas para saque em cada caixa eletrônico do Laiki Bank são formadas por mais de 20 pessoas e o temor é de que a liquidez da entidade financeira poderia acabar em poucas horas.

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Cerca de três mil pessoas, a maioria empregados do Laiki, se concentraram em frente ao Parlamento cipriota para protestar contra a possível perda de seus postos de trabalho. “O Banco Central propôs ao governo um marco legal para o saneamento e a recuperação do sistema bancário do Chipre. Assim se evitará a quebra e se salvarão os depósitos”, afirmou o presidente do BC.

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Segundo Dimitriadis, este é um passo necessário para que haja um acordo com os credores do país – a troika, formada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), Comissão Europeia (CE) e Banco Central Europeu (BCE) – e a liquidez do sistema bancário seja garantida. “Se estas medidas não fossem tomadas, todo o sistema financeiro estaria em perigo”, ressaltou.

Embora o plano de reestruturação do Laiki Bank não tenha sido detalhado, a imprensa cipriota acredita que todos os ativos e depósitos abaixo de 100 mil euros do banco passariam ao Cyprus Bank, a principal instituição do país. Os empréstimos morosos e os depósitos superiores a 100 mil euros do Cyprus Bank passariam ao Laiki Bank, que se transformaria em um banco ‘podre’.

Resgate – No sábado, a troika ofereceu uma ajuda financeira de 10 bilhões de euros ao Chipre, mas estabeleceu que o país deveria taxar todos os depósitos bancários entre 6,75% e 9,9% de forma a arrecadar 5,8 bilhões de euros. O plano, rejeitado no Parlamento esta semana, causou um descontentamento generalizado no país – e levou seus líderes a pensar em formas alternativas de levantar os 5,8 bilhões de euros exigidos. Os bancos estão fechados desde sábado e assim permanecerão até a próxima terça-feira. Somente os caixas eletrônicos estão funcionando. A bolsa de valores do país também não vai voltar a operar esta semana.

(com agência EFE)

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