Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

China pode pedir compensações para emprestar à Petrobras

Estatal tomou um financiamento de US$ 3,5 bi com Banco de Desenvolvimento da China em meio à dificuldade de conseguir crédito

Por Da Redação
13 abr 2015, 11h11

A Petrobras assinou no início do mês um contrato de financiamento de 3,5 bilhões de dólares com o Banco de Desenvolvimento da China (CDB), em um momento em que sofre limites para realizar captações no mercado de dívida, em meio a denúncias de corrupção e atraso na divulgação de seu balanço. Fontes do governo e especialistas concordam, no entanto, que essa ajuda financeira também dependerá de outras compensações que a estatal ofereça, além dos juros habituais. As informações são do jornal O Globo,

Eles acreditam que, em contrapartida, o CDB vai exigir o uso de máquinas e equipamentos asiáticos nas obras de infraestrutura no Brasil e até de trabalhadores chineses. No caso da Petrobras, a estatal pagaria o empréstimo comprando alguns equipamentos e fornecendo petróleo.

Além da própria estatal, alguns fornecedores da Petrobras, que passam por dificuldades financeiras relacionadas à Operação Lava Jato, também estão se associando a empresas chinesas para obter acesso ao mercado de crédito chinês e ajuda para dar andamento a obras. Segundo o presidente da Câmara Brasil-China de Comércio e Indústria, Charles Tang, as empresas chinesas já solicitaram entre 2 bilhões e 3 bilhões de dólares aos bancos de seu país de origem para tocarem projetos no Brasil.

Tang explicou ainda que as companhias chinesas estão à espera de novas licitações da Petrobras.

Leia mais:

Fornecedoras da Petrobras se associam a chinesas para obter crédito

Alvo do petrolão, refinaria de Pasadena está parada

As condições do empréstimo não foram divulgadas e o ex-embaixador do Brasil nos Estados Unidos, Rubens Barbosa, acredita que é o Brasil quem perde com a crescente presença da China na América do Sul. A Venezuela e a Argentina, que já passam por uma crise econômica, já foram socorridas por Pequim.

Ele, que hoje preside o Conselho de Comércio Exterior da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), aponta duas razões para o Brasil se preocupar com essa aproximação chinesa na região. A primeira delas é o aumento da concorrência, especialmente dos equipamentos chineses. Além disso, há um ponto político-diplomático relevante: o risco de instalação de uma base militar chinesa na Argentina.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.