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China lança 1a plataforma de negociação de minério

Por Da Redação
16 jan 2012, 15h21

Por David Stanway

PEQUIM, 16 Jan (Reuters) – A China lançou nesta segunda-feira sua primeira plataforma de negociação de minério de ferro para mercado físico, na mais recente medida para tentar aumentar o poder da maior consumidora mundial da commodity sobre o preço, guiado há tempos por grandes fornecedores estrangeiros.

A China Beijing International Mining Exchange (CBMX) lançou a plataforma online junto com a Associação de Ferro e Aço da China (Cisa) e a Câmara de Comércio da China de Metais e Minerais & Importadores e Exportadores de Produtos Químicos.

A CBMX também lançou um índice baseado em transações concluídas, em vez de propostas de preço, e disse que o sistema vai refletir melhor a oferta e demanda e eliminar os efeitos de especulação e manipulação.

A China sempre acreditou que a sua posição como maior consumidor de minério de ferro do mundo lhe autoriza a ter mais voz sobre os preços, e a nova plataforma é sua última tentativa de ganhar mais controle das três grandes mineradoras globais, a Vale, a BHP Billiton e a Rio Tinto, que dominam três quartos do comércio marítimo de minério de ferro.

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“As práticas de monopólio e as manipulações de preço têm um impacto massivo sobre os atuais preços do minério de ferro e também têm causado danos fatais à empresas de aço chinesas”, disse Wang Xiaoqi, vice-presidente da CISA.

“Sentimos que é necessário estabelecer essa plataforma na China, pois cerca de 60 a 70 por cento de nosso minério de ferro é importado e 100 por cento dos volumes do mercado spot estão na China -colocá-la na China é o mais racional”, disse ele à jornalistas.

A plataforma também vai tentar providenciar um rival doméstico para o intercâmbio comercial GlobalOre, apoiado pela mineradora BHP Billiton e com sede em Cingapura.

“Atualmente, empresas siderúrgicas (domésticas) estão dispostas a estabelecer contato com a plataforma GlobalOre -isto não é um problema, mas como ainda estamos desenvolvendo nossa própria plataforma temos pedido que elas não assinem nenhum contrato ainda”, disse Wang.

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Ao contrário dos rivais, o comércio de derivativos de minério de ferro, como swaps e futuros, não vão ser permitidos, a fim de “melhor refletir o preço com base na oferta e demanda reais”, disse ele.

A bolsa disse mais cedo que bancos e organizações financeiras não serão autorizadas a participar, em uma tentativa de conter a especulação.

As principais siderúrgicas da China -Baosteel, Hebei Steel, Wuhan Steel, Shougang e Angang- bem como traders de ferro, incluindo Minmetals China e Sinosteel já concordaram em se tornar membros patrocinadores da plataforma.

No entanto, nenhum dos principais fornecedores de minério de ferro estrangeiros já se tornou membro, disse Wang.

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(Reportagem de Ruby Lian em Xangai e Manolo Serapio Jr. em Cingapura)

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