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China e BP pesam sobre commodities e arrastam Ibovespa

Por Da Redação
1 jun 2010, 18h59

A bolsa paulista fechou a terça-feira no vermelho, pressionada pela queda das ações de empresas de commodities. O Ibovespa cedeu 1,91%, para 61.840 pontos. O giro financeiro da sessão ficou em 5,68 bilhões de reais.

O dia já começou negativo, após a divulgação de indicadores que apontaram desaceleração no setor manufatureiro da China. O temor de que o país passe a importar menor quantidade de produtos básicos, como metais, fez com que os papéis de empresas ligadas ao segmento recuassem.

As ações preferenciais (PN) da Vale declinaram 2,05%, a 42,00 reais. Em algumas siderúrgicas, a pressão foi ainda mais forte. Em destaque, os papéis PN da Gerdau encolheram 2,96% por cento, para 24,26 reais, enquanto as ações ordinárias (ON) recuaram 3,95%, cotadas a 17,75 reais.

Na bolsa paulista, o impacto das incertezas com a economia chinesa foi maior já que o Ibovespa havia subido 1,77% na véspera, num dia em que os mercados acionários nova-iorquinos ficaram fechados devido a um feriado.

“Subiu meio no vazio ontem e, como virou tudo para baixo nas bolsas estrangeiras, acabou potencializando a queda aqui”, disse Hamilton Moreira, analista sênior do BB Investimentos.

Uma piora acentuada do setor de petróleo no final da tarde, com os desdobramentos do gigantesco vazamento de óleo no Golfo do México, acabou pesando sobre Wall Street e sobre a bolsa brasileira.

Na esteira de um novo fracasso na tentativa da British Petroleum de tentar controlar o vazamento e a abertura de um processo criminal do governo dos EUA contra a companhia aumentaram o mau humor com o segmento. Os ADRs da BP desabaram 15%. Na Bovespa, o movimento contaminou o papel preferencial da Petrobras, que caiu 3,2%, a 28,65 reais.

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EUA – A Bolsa de Nova York também fechou em baixa nesta terça-feira, em um pregão nervoso, no qual a prudência prevaleceu, apesar da divulgação de indicadores da economia americana que superaram as previsões dos analistas. O Dow Jones caiu 1,11% e o Nasdaq, 1,54%. Já o índice ampliado Standard & Poor’s 500 cedeu 1,72%.

“Há razões para a incerteza e os investidores simplesmente não se sentem confortáveis para aplicar seu dinheiro”, notou Anthony Conroy, da BNY ConvergEx Group, completando que o volume de operações foi baixo.

Junho começou em tom negativo, depois de um mês de maio muito difícil para os mercados financeiros.

“O mercado continua evoluindo em função do que acontece na Europa e do fato de que algumas economias como China começam a ajustar sua política monetária, assim como Canadá e Austrália”, afirmou Owen Fitzpatrick, do Deutsche Bank.

A sessão teve seu início afetado pela desaceleração da atividade industrial na China e pela advertência do Banco Central Europeu (BCE) de que os bancos da região sofrerão depreciação em seus balanços.

“O mercado segue o euro bastante de perto”, afirmou Anthony Conroy, depois de a moeda europeia ter caído a seu nível mais baixo em quatro anos na comparação com o dólar.

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Europa – O alerta do BCE influenciou negativamente os pregões da Europa, apesar do maior otimismo com a economia americana. A Bolsa de Paris fechou com queda de 0,13%, com o índice CAC 40 a 3.503,08 pontos.

Em Londres, o mercado foi afetado pela queda das ações do grupo petroleiro BP. Como as bolsas de Londres também fecharam na segunda-feira em função de feriado (tal como nos EUA), a sessão desta terça foi a primeira sofrer impacto do anúncio do fracasso das tentativas de conter o vazamento de petróleo no Golfo do México. Assim, a Bolsa londrina encerrou o dia com recuo de 0,48%.

A Bolsa de Madri continua sofrendo as conseqüências do rebaixamento por parte da agência de classificação de risco Fitch da nota de sua dívida soberana. O índice Ibex-35 dos principais papéis da bolsa espanhola perdeu 59,7 pontos (0,64%) e ficou em 9.299,7 pontos no final da sessão.

O índice DAX da Bolsa de Frankfurt foi uma das exceções e encerrou com leve alta de 0,28%, para 5.981,27 pontos, beneficiando-se do indicador tranqüilizador sobre a indústria dos EUA.

(com Reuters e AFP)

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