Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

China deve continuar a comprar títulos da Europa e EUA

Por Da Redação
11 ago 2011, 11h24

Por Álvaro Campos

Pequim – A China está disposta a continuar comprando as dívidas soberanas de países da Europa e dos EUA, mas esses países precisam se comprometer com reformas de longo prazo que “realmente alterem a tendência descendente” na situação fiscal, afirmou hoje Li Daokui, conselheiro do Banco do Povo da China (PBOC, na sigla em inglês). Enquanto isso, a China vai comprar bônus emitidos pela Linha de Estabilidade Financeira da Europa (EFSF, na sigla em inglês), explicou.

“A China está disposta a continuar investindo e passar por esse período difícil junto com os países desenvolvidos – desde que os EUA e a Europa estejam determinados a adotar reformas substanciais”, comentou Li. “As reformas não precisam ser implementadas imediatamente. Não é necessário reduzir imediatamente os gastos fiscais. Mas precisa haver um comprometimento visível, tangível, com medidas de ajuste em um prazo relativamente longo que possam realmente alterar a tendência descendente na situação fiscal desses países”.

Li é um conselheiro acadêmico do banco central chinês. Embora não tenha autoridade sobre a política monetária, seus comentários dão uma indicação sobre o pensamento dos elaboradores da política econômica do país.

A manutenção da compra chinesa de bônus dos governos europeus e dos EUA será essencial para manter a estabilidade financeira global. Diversos mercados em todo o mundo estão sendo afetados pelos receios sobre a sustentabilidade da dívida de vários países europeus, os riscos de bancos com exposição a essas dívidas e o recente rebaixamento do rating dos EUA pela Standard & Poor’s.

Continua após a publicidade

“Sobre as dívidas de quais países podem ser compradas – Espanha, Grécia e outros – eu acredito que isso depende das medidas de ajuste específicas de cada um… e suas respectivas consultas com a China”, disse Li. “Não é uma condição difícil (de ser cumprida), não é como o FMI (Fundo Monetário Internacional) estabelecendo uma, duas, três, quatro ou cinco condições. Em vez disso, é coordenação e cooperação mútua”, acrescentou.

Li também disse ser “possível” que organizações chinesas, como o fundo soberano do país, invistam em bancos europeus para ajudá-los a levantar fundos, se eles enfrentarem uma crise de liquidez. Mas ele destacou que essas são decisões individuais dessas organizações.

O conselheiro afirmou ainda que é “impossível” que as atuais turbulências nos mercados resultem em outra crise financeira, e que “não é provável uma segunda recessão” na economia mundial, embora ele acredite que o crescimento econômico deve diminuir “um pouco”. As informações são da Dow Jones.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.