Chile, Peru, Colômbia e México diminuem restrições a importados
Os quatro países, que compõem a chamada Aliança do Pacífico, querem estimular suas exportações e intensificam pacto comercial
No momento em que o Brasil se fecha cada vez mais para o comércio internacional, seus vizinhos latinoamericanos Chile, Peru, Colômbia e México decidiram, no último domingo, eliminar as tarifas sobre o comércio de 90% de seus produtos até 31 de março, como forma de estimular a abertura de mercado.
Os quatro países, que compõem a chamada Aliança do Pacífico, um grupo voltado para o livre-mercado, já têm pactos comerciais com algumas das maiores economias mundiais, com tarifas preferenciais para estimular suas exportações.
O presidente do Chile, Sebastian Piñera, disse que seu objetivo é eliminar totalmente as tarifas para produtos feitos nos quatro países, posição que contrasta com a dos países do Mercosul, que têm mercados mais fechados. “Isso significa que pelo menos 90% dos produtos serão liberados de qualquer tipo de tarifa no comércio entre nossos países”, disse Piñera a jornalistas durante uma cúpula de governantes latino-americanos e europeus no Chile, dominada por questões comerciais. “Haverá um cronograma para trabalhar nos restantes 10%, até chegarmos a 100%”, acrescentou.
Leia mais:
Dilma promove festa Trash na economia
Em reunião com líderes europeus, Dilma fala em melhora da crise
Governo anuncia novo regime automotivo e nega protecionismo
A orientação da política econômica da América Latina está dividida entre os países do Pacífico, que são defensores do livre-comércio, e as nações do Mercosul, no lado atlântico, mais relutantes em eliminarem barreiras comerciais, a exemplo do Brasil e da Argentina, que vêm tomando medidas de estímulo à indústria local que são consideradas protecionistas pelos críticos.
Durante os dois dias de cúpula, os dois países mais entusiastas do protecionismo emitiram, ao menos, um sinal positivo no que se refere ao comércio exterior: concordaram em retomar as negociações de livre-comércio com a União Europeia.
(com agência Reuters)