Chevron receberá três autuações da ANP
Valor total máximo é de 150 milhões de reais, mas ainda pode aumentar, devido à gravidade do caso
Lima avalia que o total do vazamento chegue a 3000 barris de petróleo. O início da mancha começa a 42 metros do poço e chega até 300 metros
O presidente da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Haroldo Lima, declarou que estuda aplicar entregar três autuações à Chevron pelo vazamento de petróleo na Bacia de Campos. O valor máximo de cada multa é de 50 milhões de reais, mas existe a possibilidade de que os valores sejam atualizados e aumentados. Mas esse valor ainda pode aumentar devido à gravidade do caso. O valor final será divulgado até esta terça-feira.
A primeira autuação diz respeito à falta de equipamentos para realizar a segunda etapa de abandono da estrutura no Campo de Frade, de corte da coluna do poço. A segunda é sobre informações mitigadas pela Chevron. “Eles nos passaram menos informação do que tinham”, disse Lima. Ainda há uma terceira multa, mas Lima resumiu que a ANP ainda estuda como aplicará e por quais causas.
Lima avalia que o total do vazamento chegue a 3000 barris de petróleo. Por dia, no pico do vazamento vazaram de 200 a 400 barris. O início da mancha começa no duto a 42 metros do poço e segue até 300 metros depois. A ANP estima que dos 28 pontos de vazamento registrados, há ainda alguns pontos liberando resíduos de óleo. “Para a ANP, vazamento controlado é quando não tem mais nenhuma gota”, disse. Lima explicou que a agência examinará as causas do acidente, mas que a tarefa central de contenção é do Ministério do Meio Ambiente, que atua no caso por meio do Intituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama).
Lima explicou que, apesar da Petrobras ter 30% de participação na operação do bloco que registrou o vazamento, as autuações recairão somente à Chevron, que é a operadora.