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Chá com bolhas criado em Taiwan vira negócio de R$ 3 milhões no Brasil

Rede de franquias fatura com bebida que usa gastronomia molecular

Por Larissa Coldibeli
Atualizado em 17 set 2018, 09h30 - Publicado em 15 set 2018, 08h56

Os fotogênicos bubble teas, bebida a base de chá com bolinhas coloridas, renderam mais de 3 milhões de reais de faturamento aos amigos Rodrigo Balotin, Alex Lin e Rogério Teixeira no ano passado. Eles são sócios da rede de franquias Bubble Mix Tea, que possui 17 lojas e deve faturar 6 milhões de reais em 2018. Para o ano que vem, a expectativa é dobrar o tamanho da rede, segundo Balotin.

“O principal desafio é fazer as pessoas experimentarem. Apesar de ter os benefícios do chá, essa não é a grande sacada do produto, mas ser uma bebida diferente, refrescante e colorida. Os adolescentes adoram”, afirma o sócio.

O chá com bolhas teve origem em Taiwan e é muito popular na Ásia. Apesar de Balotin ter morado na China e ter visto a fama do produto por lá, a ideia de investir no negócio no Brasil partiu de outro sócio, Alex Lin. Filho de taiwanês, ele conhecia a bebida desde a infância, mas só resolveu apostar ao ver o sucesso de uma loja do tipo no Paraguai, onde trabalhava com logística, em meados de 2012.

Os amigos deram início à pesquisa de mercado, viajaram a Taiwan para conhecer de perto o produto e investiram 60 mil reais para inaugurar a primeira unidade da Bubble Mix Tea em Foz do Iguaçu (PR), em 2014, quando o terceiro sócio se uniu à dupla. No ano seguinte veio a segunda unidade e, em 2016, teve início a expansão por franquias.

Franquias a partir de 170 mil reais

Além das 17 lojas em funcionamento, a expectativa é fechar 2018 com 22 unidades. Para 2019, a meta é abrir duas unidades por mês, com foco nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

São dois modelos de negócio: quiosque e loja. Veja os dados da franquia, fornecidos pela empresa:

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• Investimento inicial: a partir de 170 mil reais (custos de instalação + taxa de franquia + capital de giro)
• Faturamento médio mensal: 50 mil reais
• Lucratividade média: 17% (8.500 reais)
• Retorno do investimento esperado a partir de 21 meses

Apesar de os dados da franquia serem os mesmos para formatos diferentes, o consultor Luis Stockler, da baStockler, consultoria especializada em franquias, diz que, na prática, isso não acontece. “São custos de instalação e de ocupação diferentes, é impossível ter o mesmo investimento e resultados”, afirma.

A dica, segundo ele, é buscar detalhar os custos e conversar com outros franqueados da marca antes de investir.

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O sucesso são as bolinhas

“O diferencial do bubble tea são os acompanhamentos”, diz Balotin, referindo-se às bolinhas coloridas no fundo do copo.

São três opções: pérolas de tapioca (gominhas de fécula de mandioca caramelizadas com melado de cana, as originais que deram origem ao bubble tea), poppings (bolinhas com sabor envoltas em uma fina camada de alga que estouram na boca, inspiradas na gastronomia molecular) e jellys (gelatinas em cubinhos produzidas com a polpa do coco desidratada e com sabor de frutas).

O cliente também escolhe a base da sua bebida, que pode ser de chá gelado, cremoso, frozen ou leite fermentado. Ao todo, são mais de 40 opções de sabores. Os preços variam de 12 reais a 17 reais.

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Quer diversificar cardápio

Parte da matéria-prima é importada, como o chá preto e o verde, que vêm de Taiwan. Balotin diz que a franqueadora tem absorvido a alta de custos devido ao aumento do dólar para não prejudicar a margem de lucro dos franqueados.
A rede planeja introduzir outros produtos para diversificar seu mix, mas ainda não revela quais.

Para o consultor Luis Stockler, é importante ampliar o cardápio para aumentar também as ocasiões de consumo. “Incluir alimentos e bebidas complementares para atrair clientes em diferentes horas do dia é uma maneira de aumentar o faturamento e não correr o risco de virar um negócio da moda, como as paleterias”, declara.

Essa estratégia também ajuda a driblar a concorrência direta, com outras marcas de chá de bolhas como a Bubble Kill, e a concorrência indireta, que inclui cafeterias, casas de chá, sorveterias etc.

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Como o negócio ainda está em fase de maturação e testes, isso traz certos riscos para os franqueados, de acordo com Stockler, mas, ainda assim, ele considera uma boa oportunidade de negócio. “As pessoas estão buscando bebidas mais saudáveis para fugir do refrigerante, e o mercado está carente de novidades”, declara.

Para evitar a alta de custos com a flutuação do dólar, uma saída, segundo o consultor, é que a empresa ganhe escala para ter mais volume e melhores condições de negociação com fornecedores ou que invista em fabricação local.

Rodrigo Balotin, Rogério Teixeira e Alex Lin sócios da loja Bubble Mix Tea (//Divulgação)
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