CGU abre processos contra mais cinco empresas suspeitas de envolvimento no petrolão
No alvo do órgão agora estão Construcap, Jaraguá, Niplan, NM e Techint. Companhias, que se juntam a outras 24 empresas, serão notificadas nos próximos dias
A CGU (Controladoria-Geral da União) determinou a abertura de processos administrativos contra cinco novas empresas suspeitas de envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras. São elas: Construcap CCPS Engenharia e Comércio; Jaraguá Equipamentos Industriais; Niplan Engenharia; NM Engenharia; e Techint Engenharia e Construções. Com isso, um total de 29 companhias são alvo do órgão.
A decisão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira. As empresas serão notificadas nos próximos dias, segundo a CGU. Caso sejam responsabilizadas, o resultado poderá acarretar impedimento de celebrar novos contratos, aplicação de multas ou, se for o caso, outras penalidades cabíveis. A CGU acrescentou que “há possibilidade de novos processos serem abertos contra outras empresas”.
As companhias ainda terão a possibilidade de se defender. Há também a alternativa de tentarem firmar acordos de leniência com a CGU, nos quais admitiriam ter cometido ilícitos e se comprometeriam a ressarcir o Estado. Em troca se livrariam de punições mais pesadas. O Ministério Público Federal (MPF) é contra a possibilidade de a CGU firmar acordo com as empresas, por entender que isso pode atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato.
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Na segunda-feira, o jornal Folha de S. Paulo procurou as cinco empresas alvo dos processos da CGU, mas só obteve resposta da NM Engenharia. Em nota, a companhia disse que “lamenta ver seu nome relacionado a essa situação”.
Acionista da empresa Toyo Setal, o delator Augusto Mendonça Neto citou Construcap, Jaraguá e Technit como beneficiárias eventuais do cartel que atuava na Petrobras. Já a NM e Niplan fizeram parte de um consórcio com a Engevix, que firmou contrato com uma das empresas do doleiro Alberto Youssef usadas para repasse de propinas.
Empresas – No dia 3 de dezembro do ano passado, a CGU abriu processo contra oito empresas: Camargo Corrêa, Engevix, Galvão Engenharia, Iesa, Mendes Juinior, OAS, Queiroz Galvão e UTC Constran.
No dia 11 de março, outras dez: Alumini Engenharia, GDK, Promon Engenharia, Andrade Gutierrez, Fidens Engenharia, Sanko Sider, Odebrecht, Odebrecht óleo e Gás, Odebrecht Ambiental e Setal Óleo e Gás.
No dia 18 de março, mais seis empresas: Carioca Engenharia, Egesa Engenharia, Eit Empresa Industrial Técnica, Skanska Brasil, MPE Montagens e Projetos Especiais, Tomé Engenharia.
(Da redação)