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Caso Telexfree abre vespeiro na internet sobre outras empresas suspeitas

O site Reclame Aqui recebeu mais de 16 mil reclamações de empresas como Telexfree, Bbom, Priples e Multiclik

Por Naiara Infante Bertão
12 jul 2013, 20h24

O anúncio da investigação sobre a Telexfree, empresa suspeita de criar uma pirâmide financeira, levou ao aparecimento de milhares de reclamações sobre outras empresas que atuam com modelo parecido. No período de seis meses até a última quinta-feira, o site Reclame Aqui já recebeu 1.200 reclamações contra a BBom, companhia que vendia rastreadores de veículos e que teve seus bens bloqueados pela Justiça na quinta-feira. Desse número, cerca de 1000 registros foram feitos apenas entre os meses de junho e julho, período em que as investigações sobre a Telexfree se tornaram públicas. Outras duas empresas investigadas, e que dizem comercializar anúncios na internet, também são alvo de críticas dos clientes: a Multiclick já conta com 946 reclamações no semestre, e a Priples, 117.

A maior parte das críticas é sobre a impossibilidade de se entrar em contato com as empresas, cancelar o contrato e receber o dinheiro de volta. No caso da BBom, cujo modelo de negócio é angariar ‘associados’ para a venda de um rastreador de veículos, há inúmeras reclamações sobre a impossibilidade de se vender o produto, que nem mesmo é homologado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Os associados são os indivíduos que aderem ao esquema por meio da compra de um produto – e ganham uma comissão em cima das novas pessoas que conseguirem trazer para o negócio.

O número de reclamações aumentou, sobretudo, a partir da última semana de junho, quando a Justiça determinou que a Telexfree interrompesse todos os pagamentos a terceiros para que o caso pudesse ser investigado. No ranking do Reclame Aqui, são 13.798 reclamações contra a empresa no último semestre. Segundo o presidente do site, Maurício Vargas, todos os registros recentes contra a Telexfree estão relacionados ao não pagamento de associados. Ao todo, as empresas investigadas somam mais de 17.000 reclamações nos últimos seis meses.

Segundo Vargas, no início, as queixas vinham de associados que não conseguiam acessar a área do site restrita a eles. Entre março e abril, muitos passaram a reclamar do não recebimento dos pagamentos no prazo determinado. A partir de então, as queixas de dificuldade de contato com a empresa aumentaram. Mas, quando o Tribunal de Justiça do Acre bloqueou os pagamentos da empresa, em maio, o teor das reclamações mudou: eles começaram a criticar a decisão da Justiça e pedir de volta os pagamentos. Após o surgimento de casos similares, como o da BBom, os reclamantes da Telexfree passaram a reivindicar todo o seu dinheiro de volta por meio do Reclame Aqui.

Neste contexto, a juíza e a promotora de Justiça do Acre, responsáveis pelo caso, chegaram a ser ameaçadas de morte. O próprio presidente do Reclame Aqui recebeu ligações e mensagens de números desconhecidos e pessoas anônimas depois de ter dado uma declaração de que o caso da Telexfree é o maior golpe ao consumidor nos últimos dez anos, por envolver mais de 1,5 milhão de pessoas.

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O crime de pirâmide financeira se confunde, muitas vezes, com o modelo de marketing multinível, pois ambos trabalham com o conceito de agregar associados à rede de vendas. A diferença entre eles é que no segundo, legal, a remuneração dos associados e vendedores é atrelada ao volume de vendas, e não ao número de associados novos angariados. O modelo de pirâmide é insustentável no longo prazo porque a base de potenciais associados fica, com o tempo, mais estreita – e a receita da companhia com a venda dos produtos não consegue ser suficiente para remunerar as comissões de todos os associados.

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