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Casal Kirchner agia como fundos abutres durante ditadura argentina

Néstor e Cristina Kirchner trabalhavam para a agência financeira Finsud. Eles adquiriram 22 propriedades com a compra de imóveis de clientes falidos

Por Da Redação
24 jul 2014, 15h27

Na última semana, a Argentina acusou os chamados fundos abutres de extorsão e de fazerem ameaças e calúnias contra o país. Em anúncio de página inteira publicado no jornal norte-americano The New York Times, a Argentina afirmou que os fundos querem um lucro de 1.600%, o que poderia elevar sua dívida de 1,5 bilhão para 120 bilhões de dólares.

Os fundos abutres são credores que se recusaram a negociar os títulos da dívida argentina entre 2005 e 2010. Eles receberam este nome devido ao seu caráter especulativo. O que poucos sabem, no entanto, é que a forma de operação dos holdouts é semelhante às execuções hipotecárias que enriqueceram o casal Kirchner enriqueceu durante a ditadura militar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O que são fundos abutres?

Fundo abutre é um jargão do mercado financeiro usado para classificar fundos de hedge que investem em papéis de países que deram calote – atuam, em especial, na América Latina e na África. Sua atuação é perfeitamente legítima. O termo abutre foi criado para diferenciá-los dos fundos convencionais, justamente por trabalharem como ‘agiotas’ de países caloteiros, emprestando dinheiro em troca de ‘títulos podres’. São considerados pelo mercado uma espécie de ‘investidor de segunda linha’. Sua atuação consiste em comprar títulos da dívida de nações em default por valor irrisório para depois acionar o país na justiça e tentar receber ganhos integrais. Os ‘abutres’ compraram os papéis da dívida argentina por 48,7 milhões de dólares em 2001 e querem receber, hoje, cerca de 1 bilhão de dólares. A Argentina, por sua vez, tenta escapar do pagamento. O país teme que, caso aceite pagar os ‘abutres’ integralmente, os 92% de credores que aceitaram a renegociação da dívida em 2005 e 2010 possam buscar na Justiça o direito de receber ganhos integrais. Neste caso, o pagamento poderia reduzir as reservas internacionais do país a praticamente zero. Outro agravante é que, devido ao histórico de calotes e decisões econômicas escandalosas do país, sua credibilidade para negociar com credores está fortemente abalada.

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Em 1976, os advogados recém-formados Néstor e Cristina Kirchner começaram a trabalhar como assessores jurídicos da agência financeira Finsud, que realizava cobranças extrajudiciárias. A agência localizava-se em Rio Gallegos, capital da província de Santa Cruz. Segundo O Estado de S. Paulo, quando um proprietário deixava de pagar a parcela mensal de crédito, Néstor Kirchner dava duas opções ao cliente: leiloar o imóvel e ficar sem nada ou vendê-lo ao próprio Kirchner por um valor irrisório.

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De acordo com a reportagem, o casal adquiriu 22 propriedades entre 1977 e 1982. “Compraram as casas pessoas que não podiam pagar”, afirmou o ex-deputado da União Cívica Radical de Santa Cruz, Javier Bielle. O patrimônio de Néstor e Cristina Kirchner continuou a crescer mesmo após chegarem ao governo de Santa Cruz e à presidência da Argentina. Dados de declarações juramentadas mostraram que o aumento foi de 4.567% entre 1995 e 2010.

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