Campos Neto parabeniza Galípolo e diz que transição será feita de maneira ‘suave’
Em nota, presidente de BC parabenizou Gabriel Galípolo pela indicação ao comando do BC e afirmou que a transição vai preservar a missão da autarquia
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, deu os parabéns ao diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, pela indicação à presidência do BC. O comprimento foi divulgado em nota nesta quarta-feira, 28.
Segundo Campos Neto, a transição dos mandatos será feita “da maneira mais suave possível, preservando a missão da instituição”. O presidente do BC também disse que ambos têm trabalhado de forma harmônica e construtiva desde a chegada de Galípolo ao BC. “Campos Neto deseja a Galípolo muito sucesso nessa nova fase da sua vida profissional”, diz a nota.
Nesta quarta-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que Gabriel Galípolo, atual diretor de Política Monetária do Banco Central e ex-secretário-executivo do Ministério da Fazenda, é o indicado do presidente Lula para substituir Roberto Campos Neto no Banco Central.
A indicação, já esperada pelo mercado financeiro, será submetida ao Senado, onde Galípolo passará por sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e precisa ser aprovado pelo plenário.
O governo busca acelerar o processo para garantir uma transição tranquila. Se aprovado, Galípolo cumprirá um mandato de quatro anos, até 2029.
Alinhamento com Campos Neto
Galípolo tem defendido uma atuação independente da instituição e decisões técnicas em política monetária, alinhando-se à visão do atual presidente, Roberto Campos Neto.
Em um evento recente, Galípolo afirmou que o Banco Central está “aberto a todas as alternativas”, incluindo a possibilidade de aumentar os juros, atualmente em 10,5% ao ano. Ele destacou que, devido à resiliência econômica interna e sinais de moderação externa, o BC adotou uma postura cautelosa, interrompendo cortes de juros e aguardando novos dados antes de tomar decisões.
O indicado por Lula também ressaltou que, ao contrário dos EUA, onde a inflação está se aproximando da meta, no Brasil, as expectativas estão desancoradas, com a inflação se distanciando da meta.