Campos Neto: Cadastro Positivo contribui para queda do spread bancário
Presidente do Banco Central disse que o Cadastro Positivo, ao diminuir as assimetrias de informação, contribuiu para queda de 10,4% nos spreads
Durante um evento que marcou os cinco anos do Cadastro Positivo, nesta quinta-feira, 8, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, destacou o impacto do cadastro na redução dos spreads bancários, que são a margem de lucro que os bancos obtêm ao intermediar empréstimos.
Segundo Campos Neto, o Cadastro Positivo, ao diminuir as assimetrias de informação, contribuiu para uma queda de 10,4% nos spreads. Para chegar ao resultado dessa redução, o Banco Central utilizou um método para comparar taxas de juros entre tomadores com e sem informações no cadastro.
Campos Neto explicou que essa ferramenta foi crucial para reduzir a inadimplência e permitiu que 41% dos beneficiados migrassem para uma faixa de crédito de menor risco, resultando em juros mais baixos.
No evento, o presidente da Febraban, Isaac Sidney, projetou uma expansão de crédito de dois dígitos para este ano, Campos Neto afirmou que a autoridade monetária está satisfeita em ver o crédito voltando a crescer após um período de instabilidade. Ele também ressaltou que o objetivo do Banco Central é continuar integrando soluções que diminuam a assimetria de informações nas plataformas digitais.
Campos Neto ainda comentou que o arranjo de pagamentos no Brasil passará por diversas mudanças e inovações, e que a digitalização será essencial para reduzir o spread bancário. “A tecnologia será crucial para diminuir o custo da cadeia de arranjo de pagamentos”, concluiu.