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Caminhões param entregas de combustível em SP, PM fará escoltas

Por Da Redação
6 mar 2012, 21h30

SÃO PAULO, 6 Mar (Reuters) – A greve dos caminhoneiros que paralisou a entrega de combustíveis na cidade de São Paulo deixou postos sem o produto nesta terça-feira e levou a Polícia Militar a criar um gabinete de crise e fazer escoltas para aqueles que decidirem entregar o produto apesar da paralisação.

Os caminhoneiros protestam contra a restrição ao trânsito de caminhões na Marginal Tietê, via que liga a cidade de São Paulo a importantes rodovias, como a Presidente Dutra e a Fernão Dias.

Na noite desta terça-feira, o juiz Emilio Migliano Neto, da 7a Vara da Fazenda Pública do Tribunal de Justiça de São Paulo, concedeu medida liminar “para determinar que sindicatos acusados de promover ações com o objetivo de impedir a distribuição de combustível em postos de gasolina da capital paulista retomem a normalidade dos serviços”.

Caso haja descumprimento da liminar, os sindicatos arcarão com multa diária de 1 milhão de reais cada, segundo determinação do magistrado.

Houve relatos de violência contra caminhoneiros que tentaram entregar combustível apesar da paralisação, o que levou o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom) a pedir auxílio da polícia para garantir a entrega dos combustíveis.

“Infelizmente, essas manifestações estão ocorrendo de forma violenta, com depredações de diversos veículos e ameaças a funcionários e motoristas”, disse o Sindicom em nota.

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“O Sindicom deu entrada ontem (segunda-feira) na Justiça em pedidos de medidas cautelares, para assegurar proteção policial ostensiva ao trânsito dos caminhões-tanques de suas associadas. Aguardamos estas decisões para retomar as operações com segurança.”

Só nesta terça a Polícia Militar realizou pelo menos seis escoltas para garantir a entrega de combustíveis, mas segundo a assessoria de imprensa da corporação, alguns motoristas estão se recusando a fazer entregas mesmo com escolta por temores de que possam sofrer represálias posteriores.

As escoltas estão sendo coordenadas pelo gabinete de crise criado pela Polícia Militar, que conta também com a participação da tropa de choque, da Polícia Rodoviária e de representantes da prefeitura. Além de escoltas, a PM também realiza policiamento preventivo para garantir segurança nas distribuidoras.

O vice-presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros Autônomos, Claudinei Pelegrini, nega participação da entidade nos episódios de violência e alerta que a paralisação já afeta outros setores além da entrega de combustíveis, como a entrega de mercadorias a supermercados e de materiais de construção.

“Toda vez que um movimento ganha força, pessoas se infiltram nele para desestabilizar. Eu não iria lá depredar o caminhão de um companheiro que amanhã poderia estar ao meu lado carregando comigo na base”, disse.

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“Se a gente quisesse fazer alguma coisa, a gente trancava a Marginal”, acrescentou.

Pelegrini reclama que a restrição ao tráfego na Marginal Pinheiros é a quinta imposta pela prefeitura ao trânsito de caminhões na cidade. Segundo ele, em alguns casos, o trajeto feito para entrega de produtos pode subir em mais de 100 quilômetros caso os caminhões não possam passar pela Marginal Tietê.

A restrição aos caminhões na Marginal Tietê ocorre de segunda a sexta das 5h às 9h e das 17h às 22h. Após às 9h desta terça, um grande fluxo de caminhões entrou na via prejudicando o trânsito pela manhã na capital paulista. Por volta das 11h, depois do horário de pico, a cidade registrou mais de 150 quilômetros de congestionamento.

“Nós não temos outra opção que não o fim da restrição”, disse Pelegrini, que disse aguardar um contato da prefeitura para negociar o término da paralisação. “Que se tire pelo menos a restrição no período da manhã”, disse.

(Reportagem de Eduardo Simões)

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