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Caged: apesar de mais empregos criados, salário de admissão está menor

Em comparação com o ano passado, valor médio na contratação ficou 6,47% menor, de R$ 1.920,55 para R$ 1.782,07

Por Larissa Quintino Atualizado em 1 out 2021, 21h23 - Publicado em 29 set 2021, 11h39

Em tempos de inflação alta, que diminui o poder de compra das famílias brasileiras, há outro fenômeno que aumenta o aperto do orçamento. Apesar de ter chegado ao oitavo mês seguido de criação de vagas, sendo o maior patamar desde fevereiro, o salário médio de admissão vem caindo de abril para cá. Em agosto, a média do pagamento para novos empregos com carteira foi de 1.782,07 reais, 7,2% menor que os 1.920,55 reais de abril e 6,47% abaixo dos 1.905,46 reais registrados em agosto do ano passado.

Segundo o Ministério do Trabalho, o fato acontece porque há trabalhadores com menor qualificação sendo contratados, um movimento do mercado de trabalho classificado como esperado.

Dados da Pnad Contínua do segundo trimestre já haviam trazido um ponto de alerta sobre a renda do trabalho. O rendimento médio registrado no período teve queda de 3% na comparação com o primeiro, de 2.594 reais para 2.515 reais e de 6,6%, em relação ao mesmo período do ano passado (2.693 reais). A massa salarial dos brasileiros, que é a soma de todos os recursos oriundos do trabalho, ficou em 215,5 bilhões de reais mensais no segundo trimestre deste ano, uma queda de 1,7% em relação ao mesmo período do ano passado, ápice da pandemia, quando o valor era de 219,2 bilhões de reais. Na ocasião, o IBGE destacou que a queda ocorreu mesmo com uma leve diminuição do desemprego. Ou seja, mesmo com mais gente sendo remunerada, o acumulado dos salários pagos a todos os brasileiros caiu, consequência tanto da pressão dos preços quanto da precarização das atividades. Nesta quinta-feira, o IBGE divulga a Pnad do trimestre que abrange maio, junho e julho.

Vale lembrar que, nos últimos 12 meses registrados até agosto, a inflação oficial acumulada foi de 9,68%. Já o INPC, que reajusta salários, está em 10,42%. Segundo o Boletim Salariômetro, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), o reajuste salarial mediano no País ficou 1,4 ponto porcentual abaixo da inflação, considerando como base o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Apenas 9,5% das negociações resultaram em ganhos reais, de acordo com o boletim, divulgado na semana passada.

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