Cade aprova acordo entre MMX, Trafigura e Mubadala sobre Porto Sudeste

A mineradora de Eike Batista vendeu o controle do porto de minério de ferro para as duas empresas, em mais um capítulo da reestruturação da EBX

Por Da Redação
16 out 2013, 10h17

Eike está vendendo seus ativos mais rentáveis para evitar a falência da holding EBX (Fabio Motta/VEJA)

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) publicou nesta quarta-feira, no Diário Oficial, a aprovação, sem restrições, do negócio envolvendo o Porto Sudeste. No acordo, divulgado na terça-feira, a MMX repassou o controle do empreendimento portuário para a trading holandesa Trafigura Beheer e para o fundo soberano de Abu Dhabi, Mubadala. O negócio foi avaliado em 996 milhões de dólares.

Pelos termos acordados, a Trafigura e o Mubadala, maiores credores individuais de Eike Batista, terão uma participação de 65% na MMX Porto Sudeste. A MMX continuará no negócio com a fatia restante de 35%.

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O porto de minério de ferro, que está localizado no Sudeste do estado do Rio de Janeiro, terá inicialmente capacidade para transportar até 50 milhões de toneladas métricas do insumo por ano. A empresa tem acordos de transporte de minério com a siderúrgica Usiminas. Seu início de operação está programado para meados de 2014, mas ainda depende de aprovação regulatória e da conclusão de um plano de refinanciamento da dívida. A MMX informou que fará uma teleconferência com investidores assim que possível, mas não quis dar uma data exata.

Este é o esforço mais recente do empresário para evitar o colapso do grupo EBX. Em julho, Eike cedeu o controle da empresa de energia MPX para o grupo alemão E.ON. Em agosto, o empresário fechou acordo para vender a LLX Logística para a empresa de investimentos norte-americana EIG Global Energy Partners por 559 milhões de dólares.

(com agência Reuters)