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BTG quer juntar outras mineradoras à MMX

Banco, que está cuidando da reestruturação do grupo EBX, de Eike Batista, chegou a oferecer US$ 1 bilhão por empresa da região de Serra Azul, mas dono recusou a oferta

Por Da Redação
28 jun 2013, 10h42

A operação de resgate da MMX, a mineradora de Eike Batista, abriu uma nova frente de ação. Além de negociar a venda da empresa com as multinacionais Glencore e Trafigura, os negociadores de Eike tentam fazer a fusão da MMX com mineradoras vizinhas do interior de Minas Gerais, para viabilizar o projeto. A tarefa vem sendo conduzida pela B&A, uma sociedade do banco BTG Pactual, de André Esteves, com o ex-presidente da Vale, Roger Agnelli, que também poderia entrar como sócia na operação.

O primeiro lance ocorreu esta semana. A B&A ofereceu 1 bilhão de dólares pela Minerita, da região de Serra Azul, no interior mineiro, mas o dono, Dílson Fonseca, recusou a proposta por achar que sua empresa valesse três vezes mais. “Se for para dar, deixo para a família”�, disse ao jornal O Estado de S. Paulo.

O BTG Pactual, que trabalha na reestruturação e venda de participações das empresas de Eike, opera em várias frentes no caso da MMX. A alternativa dos sonhos é encontrar um comprador disposto a levar a empresa inteira, com seus ativos e dívidas. Só que as primeiras ofertas, da suíça Glencore e da holandesa Trafigura, foram apenas pelo Porto Sudeste, localizado em Itaguaí (RJ). Apesar de ser o ativo mais valorizado da MMX, a empresa tem problemas para conseguir licenças ambientais e ainda precisa de investimentos pesados para desenvolvê-lo.

As propostas da Glencore e da Trafigura ficaram muito abaixo do piso desejado por Eike – o valor das dívidas da empresa, de aproximadamente 3 bilhões de reais. O esforço maior ainda é para convencer a Glencore, que este ano comprou uma fatia da mineradora brasileira Ferrous, a ampliar sua presença em minério de ferro no país e comprar a MMX.

Leia mais: Grupo de Eike será dividido para facilitar vendas

Depois da MMX, Eike quer vender ativos da CCX e da AUX

Mas, há outras tentativas em curso. Uma das ideias é tentar comprar outras mineradoras da região de Serra Azul, consolidá-las na MMX, aumentar a produção e, com o aumento da escala, melhorar o potencial da mineradora de Eike. �”Essa foi a conversa que tiveram conosco”�, conta Dílson Fonseca, da Minerita. �”Mas não tenho certeza se a Minerita seria a saída. A MMX precisa de investimentos absurdos”, completou. �

A B&A poderia também estar avaliando outras mineradoras da região e, conforme o jornal apurou, o próprio BTG ou ainda a empresa de Agnelli poderiam ter participação na MMX. Assim, com o pacote incrementado, ele poderia despertar mais interesse, de preferência da Glencore.

As alternativas em curso ainda têm muitos pontos em aberto, principalmente porque as negociações ocorrem em meio a uma forte pressão dos credores, aflitos por resultados rápidos. O próprio BTG, que encabeça as negociações, é um dos grandes credores de Eike. Procurados, o BTG e a B&A não quiseram se pronunciar.

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Contexto – A crise de confiança que tomou conta das empresas de Eike está completando um ano. Começou quando a OGX, do setor de óleo e gás, reconheceu que sua produção seria menor do que havia prometido. De lá para cá, o valor das empresas do grupo EBX em bolsa despencou, Eike caiu de 7º para 100° na lista de bilionários da Forbes e, nos últimos dias, fornecedores de suas empresas começaram a fazer cobranças públicas, aumentando a desconfiança em relação ao futuro das empresas X.

(com Estadão Conteúdo)

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