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Brics estão mais fortes, mas ainda não agem de maneira coordenada

Por Por Gerard Aziakou
4 jan 2012, 15h15

O ano de 2011 confirmou uma mudança lenta, porém consistente para o equilíbrio do poder mundial, no qual os Brics – com destaque para a China – ganharam destaque no cenário internacional, demonstrando força, mas ao mesmo tempo, falta de unidade, dizem especialistas.

A recente notícia de que o Brasil substituiu a Grã-Bretanha como sexta maior economia do mundo – depois de Estados Unidos, China, Japão, Alemanha e França -, segundo um relatório do Centro de Investigação Econômica e Empresarial (CEBR), com sede em Londres, ilustra bem esta mudança.

Antes do final da década, espera-se que Rússia e Índia alcancem respectivamente o quarto e quinto lugar, passando o Brasil, segundo o CEBR e o Fundo Monetário Internacional (FMI).

O grupo dos Brics, formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, representa atualmente 18% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, 40% da população, 15% do comércio e 40% das reservas monetárias do planeta.

Com um PIB conjunto de quase 14 trilhões de dólares, suas economias têm representado 30% do crescimento econômico mundial desde que o Goldman Sachs inventou a sigla ‘Bric’, em 2001.

O comércio entre os Brics, que alcançou 230 bilhões de dólares em 2010, agora representa 8% do comércio mundial.

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Rubens Barbosa, ex-embaixador brasileiro nos Estados Unidos e Grã-Bretanha, acredita que o desempenho dos Brics foi razoavelmente positivo em 2011.

“Creio que, de maneira individual, os Brics se saíram bem, principalmente se comparados com os países desenvolvidos da Europa, Estados Unidos e Japão”, disse Barbosa à AFP.

O ex-diplomata acredita que particularmente o Brasil, que será o anfitrião da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016, tem se beneficiado enormemente do fato de ser membro do grupo.

“O Brasil é visto agora com igualdade de condições com China, Índia e Rússia”, afirmou.

Segundo os críticos, os Brics têm passado por rivalidades internas e interesses contraditórios, mas têm demonstrado ao mesmo tempo resistência e boa integração.

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China e Índia têm tido acesso a enormes recursos minerais, energéticos e agrícolas de Rússia, Brasil e África do Sul para satisfazer as necessidades de suas populações e suas economias em rápido crescimento.

A China fornece artigos de consumo baratos para as crescentes classes médias de seus sócios.

“O Brasil, no entanto, favorece a liberalização agrícola, enquanto que China e Índia são mais protecionistas”, diz Lia Valls Pereira, analista do Instituto de Economia Brasileira da Fundação Getúlio Vargas.

“A China ainda afeta as exportações brasileiras, inundando mercados com produtos de preços irrisórios. Com isso, principalmente a indústria têxtil e a de vestimenta nacionais são afetadas”, afirma Lia.

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