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Brasileiro está menos endividado, mostra pesquisa do Ipea

Entre agosto de 2010 e janeiro de 2011, 7,2 milhões de famílias quitaram suas dívidas. Levantamento indica também otimismo em relação à economia em 2011

Por Cecília Ritto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 1 fev 2011, 19h31

De agosto de 2010 a janeiro de 2011, 7,4 milhões de brasileiros conseguiram quitar suas dívidas, e o percentual dos que se declaram muito endividados recuou 25,2%. Esta é a principal constatação do estudo sobre o Índice de Expectativas das Famílias, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), divulgado nesta terça-feira. Em seu conjunto, a pesquisa confirma o que os levantamentos anteriores do instituto já mostravam: o brasileiro percebe uma melhoria na situação financeira familiar (76,8% dos entrevistados) e tem expectativa positiva em relação ao futuro (64% esperam que a economia melhore nos próximos 12 meses). Chama a atenção também a segurança em relação ao emprego: 79,6% das famílias informam estar seguras em relação à ocupação do responsável pelo domicílio. Como resultado, o Índice de Expectativa das Famílias chegou a 67,2 numa escala que vai até cem, e é o mais alto da série. O levantamento foi realizado em 3.810 domicílios espalhados por cerca de 200 municípios, abrangendo todas as unidades da federação.

Os índices de expectativa são instrumentos importantes para traçar cenários para a economia. Da disposição das famílias em consumir, ou dos empresários em investir, depende boa parte do que efetivamente vai acontecer no futuro próximo. No caso da pesquisa do IPEA, o otimismo das famílias está em descompasso com as projeções econômicas. “Possivelmente em 2011 teremos uma economia menos aquecida do que em 2010. No entanto, as famílias têm uma previsão de que estarão em uma condição muito melhor do que no ano passado. Em algum momento isso vai se ajustar”, diz o presidente do IPEA, Marcio Pochmann.

Essa indefinição reflete-se nas intenções de consumo dos entrevistados. Quase 60% avalia que este é um bom momento para comprar bens de consumo duráveis, como eletrodomésticos. Mas é alta também – 36% – a porcentagem dos que consideram o contrário. Entre os motivos para esse comportamento cauteloso, Pochmann, aponta o fato de as famílias estarem aprendendo a utilizar melhor o crédito. “Os que estavam muito endividados reduziram sua participação no total e, ao mesmo tempo, percebemos um ajuste nos que estão endividados. Eles estão procurando saldar dividas passadas”, explica.

Outros motivos para esse descompasso estão em dois outros dados divulgados pelo IPEA. O primeiro é que, entre as pessoas que informaram estar com dívidas em atraso, 32,2% afirmam que não terão como pagá-las – na região Norte, 48,4% estão nessa situação. Ou seja, trata-se de uma parcela da população que tem sua possibilidade de consumo reduzida nos próximos meses. O outro fator é que, embora a situação de segurança na ocupação permaneça alta, a expectativa de melhoria profissional não é tão grande: 54,5% dos entrevistas não acreditam na possibilidade de progredir no trabalho.

“Isso indica, mais à frente, uma perda da expectativa positiva quanto a sua situação econômica e social. Ao não conseguir ascender, a pessoa deixa de ver no futuro uma situação melhor”, analisa Pochmann.

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