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Brasil tem a maior queda na força de trabalho

Segundo estudo da OIT, em 12 meses até março a proporção de pessoas economicamente ativas recuou 1,6 ponto porcentual no Brasil, para 60,8%

Por Da Redação
9 set 2014, 10h03

O índice de desemprego representa a parcela da população que está sem trabalho, mas que, ainda assim, está em busca um emprego. Aqueles que nem trabalham nem buscam uma vaga não são contabilizados.

O Brasil é a economia do G-20, grupo que reúne as principais economias do mundo, que registrou a maior queda no número de pessoas economicamente ativas no último ano, segundo dados divulgados pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). Apesar de ter o quinto menor índice de desemprego do grupo (4,9% no primeiro trimestre), o estudo chama a atenção para o recuo de 1,6 ponto porcentual na taxa de população participava do mercado de trabalho em 12 meses até março (para 60,8%).

Em mercados como o do México, Coreia do Sul e África do Sul, a taxa de participação aumentou em até 1%. Argentina, Espanha e Estados Unidos também tiveram queda significativa na taxa de participação na população economicamente ativa.

Vale explicar que o índice de desemprego representa a parcela da população que está sem trabalho, mas que, ainda assim, está em busca um emprego. Aqueles que nem trabalham nem buscam uma vaga não são contabilizados.

Para a próxima década, porém, o crescimento populacional no Brasil pode ajudar. Entre 2010 e 2020, a previsão é de que o país tenha uma expansão de sua população de 1,3% ao ano. Mas, entre 2020 e 2030, o aumento seria de apenas 0,6%.

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O informe da OIT foi preparado para a reunião dos ministros do Trabalho do G-20 nesta semana na Austrália. A constatação da entidade é de que o mundo perdeu uma década em termos da luta contra o desemprego e a crise será sentida pelo menos até 2018.

Para a organização, o atual modelo de crescimento não favorece a criação de postos de trabalho. Os indicadores tímidos de crescimento na economia mundial foram insuficientes para reverter a crise no mercado de trabalho. Para que isso ocorra, a entidade vai apelar aos ministros que adotem políticas para aumentar a demanda e o consumo interno de suas economias.

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O número de pessoas empregadas nos países em 2008 – cerca de 450 milhões de pessoas – somente voltaria a ser registrado em 2018, segundo a entidade.

Mas, por enquanto, o que se registra são salários estagnados ou até uma redução da renda do trabalhador. A desigualdade em diversos mercados aumentou e, mesmo onde há um aumento do salário, ele não acompanha a produtividade.

Entre os emergentes, a alta salarial que não ficava abaixo de 5,6% a cada ano desde 2010 registrou em 2013 perda de força. No ano passado, o aumento de renda foi de 4,9% entre os emergentes e, na China, a expansão foi nula. Nos países ricos, a elevação foi de mero 0,3%, gerando uma média de 1,9% no G-20, a mais baixa desde 2009.

Além do número de desempregados, a OIT alerta que 447 milhões de trabalhadores nas economias emergentes do G-20 não ganham nem mesmo para sobreviver. A taxa é metade do número que se registrava em 1991. Mas, ainda assim, representa um desafio social.

A OIT ainda aponta que metade de todos os trabalhadores do mundo são pobres ou estão no limite da linha da pobreza, aproximadamente 837 milhões de pessoas no mundo em desenvolvimento.

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(Com Estadão Conteúdo)

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