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Brasil tem a confiança dos investidores, diz Holland

Secretário de política econômica diz que o país terá facilidade para mostrar que a economia está crescendo e que rebaixamento da perspectiva da nota de crédito não incomoda o governo

Por Da Redação
10 jun 2013, 16h41

Em resposta à decisão recente da agência de classificação de risco Standard & Poor’s, de rebaixar a perspectiva de rating soberano do Brasil de “estável” para “negativa”, o secretário de política econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, disse nesta segunda-feira que o país conseguirá demonstrar “com tranquilidade” que sua economia está crescendo de maneira firme, com foco no aumento do investimento.

Na última quinta-feira, a agência divulgou o rebaixamento de perspectiva usando como justificativas a política fiscal expansionista adotada pelo governo brasileiro e o fraco crescimento econômico do Brasil. Durante anúncio de balanço do Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC2), Holland usou boa parte de sua apresentação num esforço para tentar mostrar que o país ainda é muito atrativo para os investimentos.

Ele lembrou que a S&P não fez uma revisão do rating e que nos próximos dois anos, período no qual isso poderá ocorrer, o país terá condições de mostrar “que o crescimento e o investimento vão muito bem”. Segundo ele, já há dados, como a recuperação da indústria e o aumento da compra de bens de capital, que demonstram a retomada da atividade econômica. Holland defendeu também a manutenção dos investimentos públicos.

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O secretário disse ainda que o Brasil tem a confiança dos investidores domésticos e globais. “Não se pode falar em investimento se não tivermos a confiança do investidor, e os últimos eventos deixam isso muito claro”, afirmou. Ele argumentou que o país teve a maior oferta de ações (IPO) do mundo neste ano, com o BB Seguridade, de 11,4 bilhões de reais, uma demanda três vezes maior que a oferta. Holland citou ainda o valor recorde de bônus de assinatura obtido durante a 11.ª rodada de licitações de petróleo e gás, de 2,8 bilhões de reais, e a captação recorde da Petrobras no exterior, de 11 bilhões de dólares.

Holland acrescentou que o Brasil registrou um dos maiores volumes de entrada de Investimento Estrangeiro Direto (IED), da ordem de 65 bilhões de dólares anuais e destacou a demanda por títulos soberanos. “O governo fez uma emissão em maio que teve o menor spread da história da emissão desses títulos. Não se compram papéis e títulos se não se confia no país.”

Desonerações – O secretário informou também que as desonerações de tributos federais devem somar 72,1 bilhões de reais em 2013, e 91,5 bilhões de reais, em 2014. “A redução de despesas com pessoal e encargos, de juros sobre a dívida e do déficit da previdência fizeram com que tenhamos um espaço fiscal saudável para a economia, que temos usado para desonerações. Essa redução dos tributos tem ocorrido sobre investimentos e produção”, avaliou.

Do total previsto em desonerações – 72,1 bilhões de reais – este ano, 35,9% referem-se a investimentos, 35,1% a produção e 29% a demais segmentos da economia. Para 2014, da estimativa total de 91,5 bilhões de reais, a parcela referente a investimentos será maior, de 45,8%, enquanto 25,9% destinam-se à produção e 28,3% aos demais setores.

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“É bem adequada essa direção do governo de insistir no investimento como um bom modelo de crescimento sustentável de longo prazo”, disse o secretário. “Investimentos não só aumentam a oferta, mas aumentam a produtividade e a competitividade e (trazem) reduções de custos diversos.” Para ele, os “os investidores estão com apetite muito grande no Brasil”, disse.

Também nesta segunda, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, reforçou a fala de Holland dizendo que o governo está fazendo um esforço para recuperar os “30 anos sem obras de infraestrutura”. “Nesses últimos seis anos estamos recuperando um pouco (…) não podemos ser cobrados pelo que não se fez em 30 anos”, disse, ao ser questionada sobre a necessidade urgente de obras de logística.

(com Estadão Conteúdo e Reuters)

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