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Brasil registra déficit de R$ 126 bi em maio, o pior da história

Segundo o Tesouro, no acumulado em 12 meses, o país registrou um rombo de 300,5 bilhões de reais

Por Victor Irajá Atualizado em 29 jun 2020, 11h59 - Publicado em 29 jun 2020, 11h47

O novo coronavírus tem um efeito colateral extremamente nocivo para a economia do país: a capacidade de compor novos recordes e encher manchetes com frases como “a pior da história”. É o caso dos resultados do Tesouro Nacional em maio. Como anunciado na manhã desta segunda-feira, 29, o caixa da União amealhou déficit primário de 126,6 bilhões de reais em maio, o pior resultado da série histórica, iniciada em 1997. E não só para o mesmo mês, como ocorrido em abril. O resultado é o pior registrado para qualquer mês desde o início dos registros. É grave. Em abril, para se ter ideia, o país constatara déficit de 92,9 bilhões de reais — o então pior número. Em 2019, durante todo o ano, o país amargara déficit de 95,1 bilhões de reais, o que denota a devassa da doença para as contas públicas.

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O escombro das contas por causa da doença ficam mais escancarados quando comparados os números. Os dados acumulados entre janeiro e maio apontam déficit primário de 222,5 bilhões de reais frente ao rombo de 17,5 bilhões de reais no ano passado. Se comparados os dois meses de maio, em 2019 o país apontou déficit de “apenas” 14,7 bilhões de reais. E as perspectivas do próprio Tesouro não são das melhores.

Segundo o órgão, no acumulado em 12 meses, o país registrou um rombo de 300,5 bilhões de reais, equivalente a 4,14% do PIB. Segundo a atual projeção para as contas da União, o Brasil amargará déficit de 676 bilhões de reais em 2020, próximo a 9,5% do PIB. “No entanto, se houver renovação de algum dos programas ou perda adicional de arrecadação, o déficit primário do Governo Central poderá chegar a R$ 800 bilhões”, aponta o documento do Tesouro.

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No acumulado até maio de 2020, a Previdência Social registrou déficit de 139,9 bilhões de reais, enquanto o Tesouro Nacional e o Banco Central apresentaram déficit de 82,1 bilhões de reais. A pasta argumenta que a reversão dos superávits do Tesouro Nacional e Banco Central e o aprofundamento do déficit da previdência associam-se direta e indiretamente à crise causada pela Covid-19. Isso porque o Banco Central injetou mas de 1 trilhão de reais por meio de leilões de câmbio no mercado.

No caso das aposentadorias e direitos trabalhistas, o país registra rombo de 374,1 bilhões de reais, o equivalente a 5,2% do Produto Interno Bruto em 12 meses. A deterioração no resultado do regime previdenciário decorre do efeito conjunto da queda da arrecadação e da antecipação do pagamento da 13ª parcela das obrigações previdenciárias com ativos e inativos, com impacto em abril, maio e junho. Segundo o Tesouro, de 2019, a arrecadação líquida para o regime geral previdenciário caiu 5,5% em maio, comparativamente ao mesmo mês do ano passado. Em maio de 2020, a receita total apresentou redução de 44,5 bilhões de reais, ou 36,9%, frente a maio de 2019.

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