Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Brasil quer eliminar qualquer menção ao protecionismo na declaração do G20

Por Eric Feferberg
3 nov 2011, 15h24

O Brasil pretende suprimir da declaração final do G20 qualquer referência contra o protecionismo, segundo fontes que participam da cúpula que reúne as potências desenvolvidas e emergentes a partir desta quinta-feira em Cannes, sul da França.

Na declaração de Toronto, em junho de 2010, os países do G20 se comprometeram a manter não apenas “seus mercados abertos” devido à crise econômica global que causou a maior queda do comércio em mais de 70 anos, como também decidiram “renovar por mais três anos, até o fim de 2013”, o compromisso de não aumentar ou impor novas barreiras aos investimentos ou ao comércio de bens e serviços.

Também se comprometeram a não impor novas restrições às exportações e não implementar medidas que firam as normas da Organização Mundial do Comércio (OMC) para estimular as exportações, além de corrigir tais medidas caso sejam adotadas.

Mas, segundo estas fontes, o Brasil tenta eliminar da declaração que deve ser adotada pelos líderes do G20 nesta sexta-feira qualquer referência contra o protecionismo e eliminar o prazo de 2013 dado na anterior.

Apesar de em outubro o superávit comercial do Brasil ter crescido 75% em comparação ao mesmo período de 2010, para 25,39 bilhões de dólares, as autoridades de Brasília anunciaram em setembro a introdução a partir de 15 de dezembro de um aumento de 30 pontos percentuais no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de carros fabricados com menos de 65% de peças nacionais ou de fora do Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai).

Continua após a publicidade

O governo Dilma Rousseff adotou a medida para favorecer a produção nacional frente ao forte aumento das importações, sobretudo da China, principal sócio comercial do Brasil.

A elevação do IPI, do qual também foi excluído o México, acarretará um aumento de entre 27% e 36% o preço final dos automóveis, segundo a Associação Nacional de Fabricantes de Veículos.

A Argentina é a fonte de 42,2% dos carros importados pelo Brasil, seguida da Coreia do Sul (19,36%) e da China (11,66%), segundo dados do setor.

Japão, Coreia do Sul e outros países afetados pela medida questionaram a decisão e pediram explicações às autoridades brasileiras.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.