Brasil oferece a Angola US$ 2 bi em crédito para energia e construção
Trata-se da sexta linha de crédito do país à Angola; a China, contudo, continua sendo o maior financiador de infraestrutura
O Brasil ofereceu A Angola uma nova linha de crédito de 2 bilhões de dólares para utilização nos setores da energia e de construção civil do país africano, disse o ministro das Finanças angolano Armando Manuel, na segunda-feira. Este é a sexta linha de crédito do Brasil para o país.
O presidente angolano, José Eduardo dos Santos, em visita oficial ao Brasil, deve se reunir com a presidente Dilma Rousseff nesta segunda-feira para discutir medidas para fortalecer a parceria estratégica entre os dois países. A Angola deverá gastar bilhões de dólares para reconstruir as redes de transporte, energia e comunicação destruídas por uma guerra civil de 27 anos que terminou em 2002. “A nova linha eleva o total para 7,83 bilhões de dólares, o que deixa claro que há uma ligação crescente entre os dois países”, disse Manuel em comentários transmitidos pela rede de TV estatal de Angola, TPA.
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Várias empresas brasileiras estão envolvidas nos setores de energia e construção civil em Angola, que é o segundo maior produtor de petróleo da África. Contudo, a China é o principal parceiro estrangeiro e compra quase a metade do petróleo produzido no país africano. A China concedeu cerca de 13,5 bilhões de dólares em modelos de empréstimo chamados “petróleo por infraestrutura” para Angola. Hoje, as empresas de construção chinesas estão fortemente envolvidas nos projetos de reconstrução e recebem parte dos pagamentos em petróleo.
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Mesmo com a participação chinesa, a brasileira Odebrecht, maior conglomerado de construção diversificada da América Latina, que está envolvida no setor da construção e de agronegócio, é o maior empregador privado de Angola.
Os Estados Unidos também tem uma parceria estratégica com o país, que as duas partes estão tentando fortalecer. O Export-Import Bank, banco de desenvolvimento dos EUA, financiou este mês um acordo para Angola comprar 1 bilhão de dólares em equipamentos para ferrovia e energia da General Electric.
(com agência Reuters)