Brasil fará leilões de petróleo em “semanas”, diz Lobão
No leilão é esperado vencer os direitos para explorar petróleo e gás natural em 174 áreas do Brasil
A presidente Dilma Rousseff vai autorizar uma nova rodada de concessões de petróleo em “algumas semanas”, disse à agência Reuters o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, neste domingo, durante uma visita a Abu Dhabi, nos Emirados Árabes. O leilão vai reabrir a exploração de petróleo no Brasil depois de mais de quatro anos e, espera-se, servirá para a venda de direitos de exploração de petróleo e gás natural em 174 áreas do Brasil, metade no mar e metade em terra.
O governo também espera lançar seu primeiro leilão pelo regime de partilha de produção na área do pré-sal na segunda metade do ano, disse Lobão. No entanto, a venda pública de partilha de produção requer a aprovação de uma nova legislação de royalties, cuja aprovação pelo Congresso Lobão prevê para o primeiro semestre deste ano.
De acordo com os leilões de partilha, a Petrobras será a operadora única, com uma participação mínima de 30% em todas as áreas licitadas. Dessa forma, os vencedores irão compartilhar a produção com o governo, que vai vender o seu petróleo por conta própria.
Campos do pré-sal – O Brasil interrompeu os leilões de novos campos na área do pré-sal depois de descobrir imensas reservas em águas profundas em 2007. Estima-se que haja mais de 50 bilhões de barris de petróleo nesses campos, o suficiente para fornecer, por mais de sete anos, todas as necessidades de petróleo dos Estados Unidos, maior consumidor do mundo.
Até 2020, as companhias petrolíferas que operam no país esperam produzir cerca de 7 milhões de barris de petróleo por dia. A quantia permitiria ao Brasil desafiar os EUA como terceiro maior produtor do mundo depois da Rússia e da Arábia Saudita.
Novas regras para a mineração – Lobão disse ainda que o governo pretende enviar um projeto de lei daqui a 30 dias para o Congresso, para criar uma nova regulamentação para exploração de minério no país, reformando a legislação de quatro décadas.
(Com agência Reuters)