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Brasil e Argentina freiam crescimento na América Latina

Banco Mundial reduz para 3,5% a projeção de expansão do PIB regional neste ano, graças ao mau desempenho das maiores economias sul-americanas

Por Da Redação
12 jun 2012, 20h10

O Banco Mundial (BM) rebaixou em um décimo suas previsões de crescimento para a América Latina neste ano, ressaltando o arrefecimento da economia do Brasil e a forte freada no desenvolvimento da Argentina. As projeções passaram a 3,5% em 2012 e 4,1% no próximo ano. Em seu relatório de janeiro sobre as “Perspectivas Econômicas Mundiais”, as previsões para a região eram de 3,6% para este ano e de 4,2% para 2013.

O organismo internacional destacou os ‘ventos contrários’ procedentes das tensões na Europa que provocaram redução nos preços das matérias-primas e nos fluxos de capital para a região. “A mensagem principal (do relatório) é que houve desde janeiro de 2012 um ajuste para baixo nas previsões globais e a principal razão tem a ver com os acontecimentos na Europa, que começaram a transmitir-se com efeitos adversos ao crescimento dos países emergentes”, afirmou o economista-chefe para a América Latina do BM, Augusto de la Torre.

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Brasil – Uma das principais causas apontadas pelo BM para sua revisão é a queda nas perspectivas de crescimento para o Brasil, a maior economia regional, que deve terminar 2012 em 2,9% – meio ponto abaixo das previsões de janeiro.

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A instituição destaca o contexto de fraqueza externa como uma das razões para a desaceleração brasileira, mas considera que o país retomará um ritmo maior de crescimento, de 4,2%, em 2013 como consequência do forte investimento previsto para a Copa do Mundo de 2014 e da expansão das políticas monetárias.

Argentina – Por sua parte, o órgão prevê aguda desaceleração na Argentina em 2012. O PIB previsto, de 2,2%, é notavelmente menor que os 3,7% previstos em janeiro e muito inferior aos 8,9% registrados em 2011. De acordo com o relatório, o país vizinho sofrerá esta freada devido a uma demanda interna menor e à fraqueza de seus parceiros comerciais, especialmente o Brasil.

“A percepção dos consumidores e dos negócios continuará em deterioração na Argentina (…) e a decisão de nacionalizar as ações de um dos principais produtores de petróleo pode afetar negativamente a confiança dos investidores e debilitar os investimentos”, afirma o BM, fazendo referência à desapropriação da espanhola Repsol da petrolífera YPF.

Segundo De La Torre, o ajuste de previsões para a Argentina deve-se principalmente a fatores externos, como a queda do preço da soja e a menor demanda global. Pesam também outros problemas específicos, como os controles nas importações e controles cambiais e seus efeitos na atividade doméstica.

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México – O Banco Mundial prevê, no entanto, que outra das grandes economias latino-americanas, o México, registrará ligeira melhora da atividade econômica. Espera-se uma alta do PIB de 3,5% para 2012, acima dos 3,2% previstos em janeiro. A principal razão é a recuperação gradual da economia de seu vizinho, os Estados Unidos. Esta melhora do comportamento econômico seria também uma resposta ao forte aumento em investimento realizado em 2011 e ao aumento do gasto público por ocasião das próximas eleições mexicanas.

Apesar da superficial queda dos preços da energia prevista durante o ano, os principais exportadores de petróleo e gás da região, como Equador, Bolívia e Venezuela, manterão bom ritmo de crescimento. O BM calcula um crescimento de 3% para o final de 2012 para o Equador, contra 3,3% estimado em março. O órgão eleva suas previsões na Bolívia de 4,1% para 4,3%, e na Venezuela de 3,8% para 4,6%.

(com agência EFE)

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