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Brasil dará crédito para importação da Argentina

Governo quer melhorar o comércio com o país vizinho, que, cada vez mais, tem colocado barreiras na importação de produtos

Por Da Redação
18 mar 2014, 11h39

Em um esforço para sustentar o comércio bilateral, Argentina e Brasil devem fechar nos próximos dias uma ampla proposta com alternativas para o financiamento das importações argentinas de produtos brasileiros. O assunto foi um dos temas tratados na sexta-feira, em Buenos Aires, em encontro do ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Mauro Borges, com os ministros argentinos de Economia, Axel Kicillof, e de Indústria, Debora Giorgi.

O governo brasileiro tem buscado formas de mitigar as barreiras comerciais colocadas por Buenos Aires, o que tem levado a uma redução das exportações brasileiras ao país vizinho. No primeiro bimestre deste ano, as exportações do Brasil para a Argentina recuaram 16% em relação ao mesmo período do ano passado, principalmente de automóveis de passageiros. Já as compras do Brasil de produtos argentinos recuaram ainda mais no período: 26,9%.

Com isso, algumas alternativas de financiamento foram apresentadas aos ministros argentinos e o país agora aguarda uma posição da Argentina para implementar as medidas.

Foi proposto, por exemplo, a ampliação das transações com pagamento em moeda local, o que permitiria fechar operações sem o uso de dólares e reduziria parte da pressão cambial sofrida pelos vizinhos. O sistema teria estrutura de garantia em dólares dos bancos centrais, o que daria a exportadores e importadores de ambos os lados a opção de pagar e receber em pesos ou reais por meio de uma instituição bancária. A proposta, porém, tem resistência dentro do próprio governo brasileiro. Parte da equipe econômica é contra o Banco Central brasileiro dar garantias para os argentinos.

O Brasil também está disposto a oferecer uma linha de crédito à exportação de até 2 bilhões de dólares. As operações teriam prazo de três meses, renovação automática, mas sem garantia do Tesouro brasileiro.

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União Europeia – Mauro Borges também apresentou ao governo Kirchner uma proposta de oferta comum nas negociações entre o Mercosul e a União Europeia (UE) para a criação de uma área de livre comércio. O Brasil acredita que uma oferta conjunta do Mercosul vai fortalecer a posição do bloco nas negociações. Na próxima sexta-feira, está prevista a realização de uma reunião técnica para amarrar a proposta do Mercosul. A ideia é fazer a troca de ofertas com a UE em abril.

Iniciado em 2000 e interrompido em 2006 por falta de avanço, o acordo de livre-comércio Mercosul-UE voltou à pauta no ano passado. Havia, no entanto, uma dúvida entre os negociadores brasileiros se seria possível fechar uma proposta conjunta do Mercosul em razão das dificuldades internas enfrentadas pela Argentina. Desde então, o Brasil tenta costurar com o governo vizinho a harmonização de uma proposta única do bloco a ser levada aos europeus.

(com Estadão Conteúdo)

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