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Brasil cresce menos que esperado e reduz previsões para 2012

Por Da Redação
1 jun 2012, 14h52

Rio de Janeiro, 1 jun (EFE).- A economia brasileira, a primeira da América Latina e a sétima mundial, praticamente se estagnou de janeiro a março deste ano com um crescimento de apenas dois décimos, um índice muito abaixo que o esperado pelo Governo e pelos economistas, segundo dados oficiais publicados nesta sexta-feira.

O crescimento de 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre do ano, em comparação com o último de 2011, foi inferior às últimas previsões dos economistas de instituições públicas e privadas, que esperavam uma expansão entre 0,3 e 0,5%.

Esse resultado decepcionante situou o crescimento econômico dos últimos quatro trimestres em 1,9%, mais de quatro pontos percentuais abaixo dos 6,3% registrados entre abril de 2010 e março de 2011.

Os números divulgados pelo Governo confirmaram a tendência de desaceleração da economia brasileira e obrigaram os analistas do mercado a reduzir suas previsões de crescimento para 2012, que na semana passada estavam em 2,99%, na média.

Segundo o economista Luis Otávio Leal, analista do banco ABC Brasil, as projeções estavam entre 2,8% e 3%, mas agora não se pode esperar algo mais que 2,7%.

‘O PIB do primeiro trimestre não decolou e nossa projeção de crescimento de 2,3% em 2012, antes considerada pessimista, parece otimista agora e, por isso, vamos revisá-la na próxima semana’, disse à agência Efe o economista Andre Guilherme Perfeito, analista da empresa Gradual Investimentos.

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O próprio ministro da Fazenda, Guido Mantega, reconheceu recentemente que o Governo espera agora uma expansão próxima de 3,5%, sendo que a projeção inicial era atingir uma meta de 4,5%.

Em qualquer caso, o resultado estará longe da recuperação prevista pelo Governo para este ano depois da desaceleração registrada no último ano.

A economia brasileira cresceu 7,5% em 2010, sua maior expansão em 25 anos, mas se desacelerou até 2,7% em 2011, uma consequência da crise econômica mundial, entre outros fatores.

Após registrar uma redução de 0,1% no terceiro trimestre do último ano, em comparação com o semestre anterior, a economia só cresceu 0,2 no último trimestre de 2011 e também manteve esse ritmo nos três primeiros meses de 2012.

Os números são piores quando comparado com os do mesmo período de 2011, já que a economia só cresceu 0,8% neste primeiro trimestre em relação aos três primeiros meses do último ano, isso depois de ter crescido 2,7% no quarto trimestre e 3,2 % no terceiro.

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Em comparação com o mesmo período do ano anterior, o resultado divulgado nesta sexta foi o pior desde o quarto trimestre de 2008, quando a economia registrou uma baixa de 1,70%.

O baixo crescimento registrado neste primeiro trimestre possui uma relação direta com a desaceleração da indústria (1,7%), o retrocesso da agropecuária (-7,2%) e a menor expansão do consumo interno (1,0%).

‘O mais surpreendente foi o resultado do setor agropecuário, que registrou uma forte queda por problemas na produção de soja e arroz. O desempenho moderado da indústria já era esperado’, segundo o economista Rafael Baccioti, analista da consultoria Tendências.

A indústria é o setor mais afetado pela crise internacional devido à queda da demanda de produtos brasileiros no exterior.

‘O consumo interno é o que vem sustentando o crescimento da economia brasileira, mas está estagnado, como ficou constatado pelo desempenho das vendas do Natal’, declarou Carlos Thadeu de Freitas, economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio.

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Segundo Freitas, os incentivos ao consumo e à indústria anunciados pelo Governo nos últimos meses, especialmente a isenção de impostos para diferentes setores, só vão começar a se refletir na economia no segundo semestre. EFE

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