Enquanto os mercados americanos e europeus andaram “de lado”, à espera da definição dos juros nos Estados Unidos, a Bovespa demonstrou fôlego e fechou em alta de 2,35%, aos 53.082,50 pontos nesta terça-feira. O forte avanço dos preços do petróleo e o ingresso de recursos externos no mercado acionário brasileiro foram determinantes para impulsionar ações como as da Petrobras, Vale e setor financeiro, todos com avanços acima de 3%.

Entre os papéis de empresas ligadas a commodities, destacaram-se Vale ON (3,49%) e Vale PNA (+4,59%). Também figuraram entre as principais altas Gerdau PN (7,67%), Bradespar PN (acionista da Vale, com 4,35%) e Usiminas PNA (3,00%). Já a alta expressiva dos preços do petróleo sustentou a Petrobras durante todo o dia. Com isso, as ações da estatal subiram 3,40% (ON) e 3,64% (PN).

Apesar da valorização expressiva do Ibovespa, predominou no mercado o tom cauteloso entre os investidores, que já não exibem a euforia vista nas últimas semanas. Evidência desse comportamento mais cuidadoso é o volume de negócios de 6,27 bilhões de reais, maior que o de ontem, mas novamente abaixo da média do mês (8,45 bilhões de reais).

Com o processo de impeachment em andamento e a expectativa pela reunião do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), nesta quarta-feira, o volume de compras se manteve mais moderado, segundo profissionais do mercado.

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Câmbio – O dólar caiu 0,83%, a 3,5191 reais na venda, após o Banco Central brasileiro não realizar intervenções no mercado de câmbio pelo segundo dia seguido e diante do mercado externo à espera da decisão do Fed.

(Com Estadão Conteúdo e Reuters)